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Defesa da família Brown diz que processo deve ser impugnado

"Temos que mudar esse processo, no qual o promotor local está na mesma linha que a polícia local", disse o advogado

Michael Brown e sua mulher Cal, a família do jovem negro que foi morto por um policial em Ferguson, nos EUA (REUTERS/Adrees Latif)

Michael Brown e sua mulher Cal, a família do jovem negro que foi morto por um policial em Ferguson, nos EUA (REUTERS/Adrees Latif)

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Da Redação

Publicado em 26 de novembro de 2014 às 05h52.

Ferguson - O advogado da família de Michael Brown, Benjamin Crump, disse nesta terça-feira que "deve ser impugnado" o processo que levou um grande júri a não indiciar o policial branco Darren Wilson, autor da morte do jovem negro na cidade de Ferguson, nos Estados Unidos.

"O processo tem que ser impugnado. Temos que mudar esse processo, no qual o promotor local está na mesma linha que a polícia local", disse Crump no aeroporto de Saint Louis, no estado do Missouri, para dois meios de comunicação, entre eles a Agência Efe, antes de pegar um voo para Nova York.

"Continuam fazendo a mesma coisa várias vezes. É a definição da loucura", destacou o advogado, que lamentou a importância dada à versão de Wilson no processo.

"É sua versão como testemunha diretamente interessada. Não deveria ter sido incluída se o promotor tivesse agido com imparcialidade", afirmou Crump, ao lado do pai de Brown, que não quis fazer declarações.

Sobre o envio de mais de 2 mil efetivos da Guarda Nacional em Ferguson para impedir distúrbios como os ocorridos na noite de segunda-feira, Crump disse que espera que "tudo se desenvolva de forma segura e em paz".

"Condenamos qualquer tipo de violência, como o ato de violência que matou Michael Brown em 9 de agosto e os atos de violência que ocorreram na noite passada após a decisão do grande júri", acrescentou o advogado.

Os distúrbios de ontem na pequena cidade, de pouco mais de 20 mil habitantes, terminaram com mais de 80 detidos e vários estabelecimentos saqueados e incendiados ao longo da noite.

Michael Brow, de 18 anos, foi morto por disparos de arma de fogo efetuados por Wilson no dia 9 de agosto, o que provocou uma onda de protestos e distúrbios e reabriu o debate sobre a discriminação racial por parte da polícia nos EUA. 

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