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Decisão da Espanha de reconhecer Guaidó é nefasta, diz Maduro

O presidente venezuelano chamou o governo espanhol de covarde após o reconhecimento do líder da oposição como presidente interino nesta segunda-feira

Venezuela: cresce o apoio internacional ao presidente interino Juan Guaidó (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Venezuela: cresce o apoio internacional ao presidente interino Juan Guaidó (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de fevereiro de 2019 às 12h39.

Última atualização em 4 de fevereiro de 2019 às 12h40.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse nesta segunda-feira que é "nefasta" a decisão do chefe do Governo da Espanha, Pedro Sánchez, de reconhecer o líder do Parlamento venezuelano, Juan Guaidó, como presidente do país caribenho.

"O governo covarde da Espanha tomou uma decisão nefasta na história das relações entre a Espanha e a Venezuela", afirmou Maduro em um ato transmitido pela televisão com militares no estado de Aragua.

"Eu digo ao senhor Pedro Sánchez: que Deus não queira, mas se algum dia o golpe de Estado se concretizar, se algum dia uma intervenção militar gringa se concretizar, suas mãos, senhor Pedro Sánchez, ficarão cheias de sangue, ficará manchado de sangue para sempre", acrescentou.

Sánchez anunciou hoje durante um comparecimento institucional que reconhece formalmente Guaidó como "presidente encarregado", e que promoverá no seio da União Europeia um plano para levar ajuda humanitária à Venezuela, país afligido por uma grave crise econômica.

Este reconhecimento, que era esperado e se soma ao de outros países europeus, tem como objetivo claro a convocação de "eleições livres, democráticas, com garantias e sem exclusões" no menor prazo de tempo possível.

"A Venezuela tem que ser dona do seu próprio destino", afirmou o líder espanhol.

Mas Maduro, no poder desde 2013, afirmou que com esta decisão Sánchez será recordado "como fantoche colocado a serviço da política de guerra" do líder presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a quem acusa de promover um golpe de Estado na Venezuela.

Enquanto Guaidó agradeceu o "gesto" do governo espanhol, que considerou como um "apoio e compromisso" com a democracia venezuelana.

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