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Cuba expressa apoio à Venezuela no conflito com os EUA

Executivo de Havana classificou de "arbitrária e agressiva" a ordem emitida pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama


	Maduro solicitará hoje para a Assembleia Nacional poderes especiais para defender "a integridade" do país após a declaração dos EUA
 (Carlos Garcia/Reuters)

Maduro solicitará hoje para a Assembleia Nacional poderes especiais para defender "a integridade" do país após a declaração dos EUA (Carlos Garcia/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2015 às 10h48.

Havana - Cuba expressou nesta terça-feira seu "apoio incondicional" à Venezuela, após qualificar de "arbitrária e agressiva" a ordem dos Estados Unidos de declarar "emergência nacional" diante do "risco extraordinário" que representa a situação venezuelana para a segurança do país.

O governo cubano "reitera novamente seu incondicional apoio e o de nosso povo à revolução bolivariana, ao governo legítimo do presidente Nicolás Maduro e ao heroico povo irmão da Venezuela", segundo uma declaração oficial divulgada no jornal estatal "Granma".

"Ninguém tem direito de intervir nos assuntos internos de um Estado soberano nem declará-lo, sem fundamento algum, como ameaça a sua segurança nacional", acrescentou o texto, divulgado no site do diário oficial do governo cubano.

O Executivo de Havana classificou de "arbitrária e agressiva" a ordem emitida pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e considerou a ação uma "represália pelas medidas adotadas em defesa da soberania frente aos atos intervencionistas de autoridades governamentais e do Congresso americano".

Maduro solicitará hoje para a Assembleia Nacional poderes especiais para defender "a integridade" do país após a declaração dos EUA, que também impôs novas sanções contra altos funcionários venezuelanos em resposta, segundo Washington, às violações de direitos humanos ocorridas no último ano na Venezuela.

"Como a Venezuela ameaça os Estados Unidos? A milhares de quilômetros de distância, sem armas estratégicas e sem empregar recursos nem funcionários para conspirar contra a ordem constitucional americana", questionou a nota.

Segundo o Executivo cubano, a ordem de Obama "em um ano em que se realizarão eleições legislativas na Venezuela reafirma, mais uma vez, o caráter intervencionista da política externa americana".

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