Presidente de Cuba, Raúl Castro: as reuniões sobre direitos humanos caminham em paralelo com as negociações para o restabelecimento das relações diplomáticas, rompidas em 1961 (Enrique De La Osa/Reuters)
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2015 às 17h00.
Havana - O governo de Cuba declarou, nesta quinta-feira, que seu interesse em "ampliar a cooperação com os Estados Unidos" tem como prioridade, entre temas de preocupação mundial, os diálogos sobre direitos humanos entre os dois países.
"O principal propósito que nos propomos com estas trocas é ampliar a cooperação, o entendimento sobre temas de preocupação de ambas as partes", disse o diplomata cubano Luis Alberto Amoroso, durante coletiva de imprensa em Washington. Ele era um dos membros da delegação cubana na reunião de terça.
Amoroso destacou que "tudo o que transmitiu a delegação cubana foi feito com um espírito de cooperação", sob "princípios importantes do direito internacional, inclusive a não-intervenção nos assuntos internos dos países".
As reuniões sobre direitos humanos caminham em paralelo com as negociações para o restabelecimento das relações diplomáticas, rompidas em 1961. A reaproximação foi anunciada em dezembro, pelos presidentes Barack Obama e Raúl Castro.
Por sua vez, o chefe da comitiva cubana, Pedro Luis Pedroso, reiterou que o país também expressou "preocupações em relação com a garantia e proteção dos direitos humanos nos Estados Unidos".
Pedroso é subdiretor de assuntos multilaterais da chancelaria de Cuba e enfatizou que a reunião de Washington foi "útil". Os dois governos ainda não marcaram outras datas para seguir com o diálogo.
"Estas reuniões ratificam a disposição de Cuba para dialogar com os Estados Unidos sobre cualquier tópico", disse o diplomata.