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Criticado premiê do Egito deve ficar no cargo após reforma

Hisham Kandil deverá se manter no cargo em uma limitada reforma de gabinete a ser anunciada nos próximos dias


	Premiê egípcio, Hisham Kandil: primeiro-ministro é amplamente criticado por não conseguir reativar a economia
 (Denis Balibouse/Reuters)

Premiê egípcio, Hisham Kandil: primeiro-ministro é amplamente criticado por não conseguir reativar a economia (Denis Balibouse/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 24 de abril de 2013 às 12h57.

Cairo - O primeiro-ministro egípcio, Hisham Kandil, amplamente criticado por não conseguir reativar a economia, vai se manter no cargo em uma limitada reforma de gabinete a ser anunciada nos próximos dias, afirmou um porta-voz presidencial nesta quarta-feira.

O porta-voz Ehab Fahmy disse em entrevista coletiva que "é uma reforma limitada e o primeiro-ministro não está incluído".

Alguns membros da Irmandade Muçulmana, que governa o país, se juntaram à oposição secular, liberal e de esquerda, e aos partidos salafistas radicais, na crítica a Kandil.

"A reforma pretende melhorar o nível de desempenho de ministérios ... as discussões ainda estão em andamento no que diz respeito a essas mudanças. Elas serão anunciadas nos próximos dias. O principal critério para a seleção será qualificação", disse o porta-voz.

O alcance limitado da remodelação planejada parecia reduzir as perspectivas de qualquer acordo político entre o presidente do Egito, Mohamed Mursi, e os principais partidos de oposição, apesar dos esforços dos Estados Unidos, da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional de buscar um consenso mais amplo para ajudar o país a superar a grave crise econômica.

Fahmy disse que o Egito estava perto de fechar um acordo com o FMI para um empréstimo de 4,8 bilhões de dólares.

O porta-voz disse que a Presidência está tentando discutir a composição do novo governo com uma série de grupos políticos, incluindo a oposição Frente de Salvação Nacional (FSN), uma aliança de partidos seculares, liberais e de esquerda.

No entanto, a FSN se negou a negociar a reforma de gabinete, alegando que Mursi deverá, primeiro, concordar com a destituição de Kandil, nomear um governo competente neutro e demitir um criticado procurador-geral antes que um canal de diálogo possa ser aberto.

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