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Cristina Kirchner chega a Buenos Aires para depor

Militantes kirchneristas preparam uma concentração que, segundo eles, contará com uma grande afluência como apoio à ex-presidente

Cristina Kirchner: as acusações vão de enriquecimento ilícito a lavagem de dinheiro com suspeitas cruzadas de parcialidade de promotores e juízes (Juan Mabromata/AFP)
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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2016 às 14h29.

Partidários convocam nesta segunda-feira para receber com grande alarde a ex-presidente argentina Cristina Kirchner , que retorna a Buenos Aires da Patagônia, para onde se dirigiu em dezembro após deixar o governo, para depor por suposta fraude.

Militantes kirchneristas preparam uma concentração que, segundo eles, contará com uma grande afluência como apoio à ex-presidente, que chegará às 22h15 locais ao aeroporto metropolitano a partir de El Calafate, 3.800 km ao sul de Buenos Aires, onde permaneceu desde que Mauricio Macri a sucedeu, em 10 de dezembro.

A Argentina está envolvida em um turbilhão judicial onde os envolvidos são ex-funcionários de alto escalão dos governos de centro-esquerda Néstor e Cristina Kirchner que entre 2003 e 2015 marcaram a vida política deste país.

As acusações vão de enriquecimento ilícito a lavagem de dinheiro com suspeitas cruzadas de parcialidade de promotores e juízes.

Kirchner deve comparecer na quarta-feira ao tribunal federal liderado pelo juiz Claudio Bonadío, que a citou por operações cambiárias do Banco Central realizadas nos últimos meses de seu mandato.

Mas a declaração pode ser frustrada se prosperar um pedido de recusa contra o juiz Bonadío, apresentado por outro dos envolvidos no caso.

Bonadío é um magistrado a quem Kirchner tentou destituir várias vezes acusando-o de imparcialidade ante o Conselho da Magistratura.

A Câmara Federal deve resolver a petição e, se ela for aceita, o caso passa para um novo juiz por sorteio e os depoimentos deverão ser remarcados.

A decisão pode ser tomada entre esta segunda e quarta-feira, dia do depoimento de Kirchner, a última a depor entre os treze citados.

Disputa política

Militantes kirchneristas preparam uma gigantesca mobilização a tribunais na quarta-feira sob slogans épicos de salvação à líder do partido.

"Se a convocam, convocam todos nós", afirmam.

Uma suspensão da convocação pode deixar sem efeito o que seria uma demonstração de força do kirchnerismo.

Fontes do governo citadas pela imprensa local minimizaram a manifestação e explicaram que não estão previstas medidas especiais de segurança para Kirchner além das reservadas a todo ex-presidente.

Outro dos citados por Bonadío é o ex-ministro da Economia de Kirchner, Axel Kicillof, que deve se apresentar na manhã de terça-feira.

O juiz investiga uma suposta fraude milionária contra as reservas do Banco Central por operações cambiárias com dólar a futuro.

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Militantes kirchneristas preparam uma concentração que, segundo eles, contará com uma grande afluência como apoio à ex-presidente, que chegará às 22h15 locais ao aeroporto metropolitano a partir de El Calafate, 3.800 km ao sul de Buenos Aires, onde permaneceu desde que Mauricio Macri a sucedeu, em 10 de dezembro.

A Argentina está envolvida em um turbilhão judicial onde os envolvidos são ex-funcionários de alto escalão dos governos de centro-esquerda Néstor e Cristina Kirchner que entre 2003 e 2015 marcaram a vida política deste país.

As acusações vão de enriquecimento ilícito a lavagem de dinheiro com suspeitas cruzadas de parcialidade de promotores e juízes.

Kirchner deve comparecer na quarta-feira ao tribunal federal liderado pelo juiz Claudio Bonadío, que a citou por operações cambiárias do Banco Central realizadas nos últimos meses de seu mandato.

Mas a declaração pode ser frustrada se prosperar um pedido de recusa contra o juiz Bonadío, apresentado por outro dos envolvidos no caso.

Bonadío é um magistrado a quem Kirchner tentou destituir várias vezes acusando-o de imparcialidade ante o Conselho da Magistratura.

A Câmara Federal deve resolver a petição e, se ela for aceita, o caso passa para um novo juiz por sorteio e os depoimentos deverão ser remarcados.

A decisão pode ser tomada entre esta segunda e quarta-feira, dia do depoimento de Kirchner, a última a depor entre os treze citados.

Disputa política

Militantes kirchneristas preparam uma gigantesca mobilização a tribunais na quarta-feira sob slogans épicos de salvação à líder do partido.

"Se a convocam, convocam todos nós", afirmam.

Uma suspensão da convocação pode deixar sem efeito o que seria uma demonstração de força do kirchnerismo.

Fontes do governo citadas pela imprensa local minimizaram a manifestação e explicaram que não estão previstas medidas especiais de segurança para Kirchner além das reservadas a todo ex-presidente.

Outro dos citados por Bonadío é o ex-ministro da Economia de Kirchner, Axel Kicillof, que deve se apresentar na manhã de terça-feira.

O juiz investiga uma suposta fraude milionária contra as reservas do Banco Central por operações cambiárias com dólar a futuro.

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