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França e Alemanha vão entrar em novo lockdown por 3º onda de covid-19

Alta de casos assustou os governos das duas maiores economias da União Europeia; objetivo das medidas é evitar um colapso na saúde

Lockdown Alemanha; pandemia na Europa; coronavírus (Sean Gallup/Getty Images)
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Alessandra Azevedo

Publicado em 1 de abril de 2021 às 06h00.

Última atualização em 1 de abril de 2021 às 06h12.

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Se, no Brasil, a pandemia de covid-19 está no auge, com mais de 3 mil mortes diárias nos últimos dois dias, a Europa também começa a endurecer as regras para lidar com uma possívelnova onda de infecções. Os governos da França e da Alemanha anunciaram um novo lockdown a partir desta semana, com medidas ainda mais restritivas do que muitas das adotadas no Brasil.

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A alta de casos assustou os governos das duas maiores economias da União Europeia, pelo indicativo de que a situação pode ser pior do que a dos meses anteriores. O objetivo das medidas, nos dois países, é evitar um colapso na saúde.

Na Alemanha, após o registro de quase 15 mil casos em 24 horas, bares, restaurantes, teatros e academias estarão proibidos de funcionar a partir de segunda-feira, 2. Escolas e creches, no entanto, seguem abertas, com a recomendação de que quem puder deve ficar em casa. Encontros sociais ficam restritos a até dez pessoas de, no máximo, duas famílias distintas.

A chanceler alemã, Angela Merkel, alertou para o aumento de casos de covid-19 em um tempo muito curto. 449 mil pessoas foram diagnosticadas desde o início da pandemia, com uma escalada de registros nos últimos dias. Segundo Merkel, o país está em um ponto em que não dá para saber de onde vieram 75% das infecções.

O número de leitos ainda é suficiente para contornar a situação, mas existe receio de que a taxa de ocupação acabe gerando dificuldades no futuro. Segundo Merkel, a situação “é muito séria” e é preciso reagir agora. De acordo com o Instituto Robert Koch, o número de novos casos chegou a 14.964 nas últimas 24 horas na Alemanha. O total de infectados chega a 464.239, com 85 mortes diárias, totalizando 10.183.

Na França, a situação não é muito diferente. Bares, restaurantes e comércio estarão fechados a partir de sábado, 3, na tentativa de conter um colapso na saúde, já que os hospitais em algumas localidades estão lotados. Para circular nas ruas, será preciso ter uma justificativa. O comércio poderá voltar a funcionar em 15 dias, se as autoridades entenderem que os resultados foram positivos nas primeiras semanas de lockdown.

Escolas até o ensino médio poderão continuar funcionando. De resto, a recomendação às empresas é de que seja implementado o home office de forma generalizada. As pessoas só poderão sair para comprar produtos essenciais, buscar atendimento médico ou fazer exercícios físicos. As viagens também serão proibidas.

A França tem registrado diariamente entre 40 mil e 50 mil novos casos da doença. Mais de 5 mil pessoas estavam internadas na UTI na última terça-feira, maior número desdeabril do ano passado. A falta de leitos e a demora na vacinação no país preocupam as autoridades.

Macron avalia que a situação pode ser pior do que entre março e abril, quando o país teve os números mais preocupantes. "A segunda onda será sem dúvidas mais dura e mortal do que a primeira", disse. Osistema de saúde "não se manterá, a menos que haja uma economia para sustentá-lo, mas nada é mais importante do que a vida humana”, disse.

“Não poderíamos não fazer nada e aceitar a imunidade coletiva. No curto prazo, isso significaria triagem de pacientes e 400 mil mortes em excesso”, alertou. Na quarta-feira, 31, Macron anunciou que ampliará o número de leitos de UTI de 7.655 para 10 mil. Quanto à vacinação, a meta é imunizar os maiores de 60 anos a partir de 16 de abril e os maiores de 50 anos a partir de 15 de maio.

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