Correa promete firmeza diante da 'oposição golpista'
Político foi reeleito domingo no primeiro turno com 56,7% dos votos e enfatizou a diferença existente com o banqueiro conservador Guillermo Lasso
Da Redação
Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.
Quito - O presidente reeleito do Equador , Rafael Correa, advertiu que continuará a atuar com firmeza diante da "oposição golpista" e da "imprensa corrupta" em seu novo mandato, e que uma prioridade na política externa será impor condições ao capital para evitar abusos em questões como as arbitragens internacionais, em declarações a correspondentes estrangeiros em Quito.
Correa, reeleito domingo no primeiro turno com 56,7% dos votos, enfatizou a diferença existente com o banqueiro conservador Guillermo Lasso - em segundo com 23% - ao criticar a oposição de "golpista" e de criar obstáculos.
"Que Lasso tenha reconhecido sua derrota é importante", declarou o dirigente de esquerda, nesta quarta-feira.
No entanto, ele se mostrou duro com os demais grupos opositores.
"Os ataques continuarão, existem pessoas muito más, doentes, estamos confrontando poderes que se achavam intocáveis", salientou ao denunciar uma "campanha suja" durante o período eleitoral com "financiamento externo, inclusive da Colômbia".
"Na democracia se respeita os perdedores, mas se adota a opinião da maioria", alertou.
Correa culpa os políticos, como o derrotado ex-presidente Lucio Gutiérrez - terceiro na eleição com 6,9% - de tentar um golpe de Estado contra o seu governo no dia 30 de setembro de 2010, aproveitando-se de uma revolta policial por motivos salariais, o que é negado por Gutiérrez.
A espera da divulgação dos resultados sobre a formação do Congresso, o presidente reeleito, que iniciará seu novo mandato no dia 24 de maio, assegurou que o partido governista Aliança País (AP) conquistou entre 97 e 98 dos 137 assentos.
Uma rápida contagem da ONG Participação Cidadã - autorizada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) - sustenta que o movimento Aliança País obteve 90 cadeiras no parlamento, seguido do partido de Lasso, com 12 assentos.
O presidente reiterou que não se apresentará para um novo mandato, mesmo se a AP ou os cidadãos promovam uma reforma constitucional para permiti-lo.
"Se quiserem mudar esse sistema (que autoriza a reeleição uma única vez), me oporia, mas se houver a vontade da maioria do povo equatoriano, que eles decidam, eu não me lanço", destacou.
Correa também antecipou que continuará a confrontar um setor da imprensa privada que acusa de ser "medíocre e corrupto" e de tentar desestabilizá-lo junto aos grupos privados contrários ao seu governo.
O governo de Correa é o mais longevo desde o período compreendido entre 1996 e 2006, quando os equatorianos viram oito presidentes assumirem o posto, dos quais três foram derrubados.
"Continuaremos em tensão com essa imprensa corrupta. Quando não estiver (mais em tensão), estarei traindo meus princípios", garantiu o governante, salientando que aproveitará sua maioria parlamentar para aprovar uma lei de comunicação que, segundo um projeto da Aliança País, apresenta uma nova distribuição de frequências e mais regulamentações.
Mediante essa norma, "pediremos uma imprensa decente, ética, que informe e não que manipule, que comunique e não faça politicagem", apontou.
O dirigente anunciou que o controle da Assembleia lhe permitirá destravar projetos e impulsionar outros para tornar "irreversível a revolução cidadã", e não descartou uma reforma para "corrigir erros" da Constituição de 2008, impulsionada por ele.
Correa mencionou uma lei para regulamentar o uso da água, uma reforma ao código penal vigente há 70 anos e outra para a segurança social para que as donas de casa e outros trabalhadores informais possam se aposentar.
Sobre a política externa, o presidente reeleito manifestou que "a prioridade será a integração latino-americana" e que manterá relações "com a maior quantidade de países em um marco de respeito e sem ter que pedir permissão a ninguém".
Outro aspecto chave, que definiu como de "sobrevivência", será a criação de centros de arbitragens regionais que ponham fim aos "abusos que cometem as transnacionais e a burocracia internacional" contra países como Argentina, Bolívia e Equador.
"Não buscamos impor condições a nenhum país, mas sim ao capital transnacional", ressaltou.
Quito - O presidente reeleito do Equador , Rafael Correa, advertiu que continuará a atuar com firmeza diante da "oposição golpista" e da "imprensa corrupta" em seu novo mandato, e que uma prioridade na política externa será impor condições ao capital para evitar abusos em questões como as arbitragens internacionais, em declarações a correspondentes estrangeiros em Quito.
Correa, reeleito domingo no primeiro turno com 56,7% dos votos, enfatizou a diferença existente com o banqueiro conservador Guillermo Lasso - em segundo com 23% - ao criticar a oposição de "golpista" e de criar obstáculos.
"Que Lasso tenha reconhecido sua derrota é importante", declarou o dirigente de esquerda, nesta quarta-feira.
No entanto, ele se mostrou duro com os demais grupos opositores.
"Os ataques continuarão, existem pessoas muito más, doentes, estamos confrontando poderes que se achavam intocáveis", salientou ao denunciar uma "campanha suja" durante o período eleitoral com "financiamento externo, inclusive da Colômbia".
"Na democracia se respeita os perdedores, mas se adota a opinião da maioria", alertou.
Correa culpa os políticos, como o derrotado ex-presidente Lucio Gutiérrez - terceiro na eleição com 6,9% - de tentar um golpe de Estado contra o seu governo no dia 30 de setembro de 2010, aproveitando-se de uma revolta policial por motivos salariais, o que é negado por Gutiérrez.
A espera da divulgação dos resultados sobre a formação do Congresso, o presidente reeleito, que iniciará seu novo mandato no dia 24 de maio, assegurou que o partido governista Aliança País (AP) conquistou entre 97 e 98 dos 137 assentos.
Uma rápida contagem da ONG Participação Cidadã - autorizada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) - sustenta que o movimento Aliança País obteve 90 cadeiras no parlamento, seguido do partido de Lasso, com 12 assentos.
O presidente reiterou que não se apresentará para um novo mandato, mesmo se a AP ou os cidadãos promovam uma reforma constitucional para permiti-lo.
"Se quiserem mudar esse sistema (que autoriza a reeleição uma única vez), me oporia, mas se houver a vontade da maioria do povo equatoriano, que eles decidam, eu não me lanço", destacou.
Correa também antecipou que continuará a confrontar um setor da imprensa privada que acusa de ser "medíocre e corrupto" e de tentar desestabilizá-lo junto aos grupos privados contrários ao seu governo.
O governo de Correa é o mais longevo desde o período compreendido entre 1996 e 2006, quando os equatorianos viram oito presidentes assumirem o posto, dos quais três foram derrubados.
"Continuaremos em tensão com essa imprensa corrupta. Quando não estiver (mais em tensão), estarei traindo meus princípios", garantiu o governante, salientando que aproveitará sua maioria parlamentar para aprovar uma lei de comunicação que, segundo um projeto da Aliança País, apresenta uma nova distribuição de frequências e mais regulamentações.
Mediante essa norma, "pediremos uma imprensa decente, ética, que informe e não que manipule, que comunique e não faça politicagem", apontou.
O dirigente anunciou que o controle da Assembleia lhe permitirá destravar projetos e impulsionar outros para tornar "irreversível a revolução cidadã", e não descartou uma reforma para "corrigir erros" da Constituição de 2008, impulsionada por ele.
Correa mencionou uma lei para regulamentar o uso da água, uma reforma ao código penal vigente há 70 anos e outra para a segurança social para que as donas de casa e outros trabalhadores informais possam se aposentar.
Sobre a política externa, o presidente reeleito manifestou que "a prioridade será a integração latino-americana" e que manterá relações "com a maior quantidade de países em um marco de respeito e sem ter que pedir permissão a ninguém".
Outro aspecto chave, que definiu como de "sobrevivência", será a criação de centros de arbitragens regionais que ponham fim aos "abusos que cometem as transnacionais e a burocracia internacional" contra países como Argentina, Bolívia e Equador.
"Não buscamos impor condições a nenhum país, mas sim ao capital transnacional", ressaltou.