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Coronavírus: Reino Unido anuncia restrições e pacote de 1 bi de libras

Sistema vai classificar as regiões do país em três níveis de alerta e pacote deve para apoiar as áreas mais afetadas pela covid-19

Coronavírus no Reino Unido: sistema vai classificar as regiões do país em três níveis de alerta (Hannah McKay/Reuters)

Coronavírus no Reino Unido: sistema vai classificar as regiões do país em três níveis de alerta (Hannah McKay/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de outubro de 2020 às 14h18.

Última atualização em 12 de outubro de 2020 às 14h18.

Nesta segunda-feira, 12, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou um novo plano de restrições para conter o crescimento de casos de covid-19 no Reino Unido. O sistema vai classificar as regiões do país em três níveis de alerta: médio, alto e muito alto. As novas diretrizes serão debatidas e votadas na terça-feira (13) e devem entrar em vigor na quarta-feira, dia 14. Johnson informou também sobre a liberação de um novo pacote financeiro no valor de 1 bilhão de libras para apoiar as áreas mais afetadas pelo avanço da doença.

No discurso realizado para o parlamento, o primeiro-ministro explicou os níveis de classificação. O primeiro nível (médio) vai incluir a maior parte da Inglaterra, inicialmente. As regras para essa categoria são as já vigentes no país, como o máximo de seis pessoas por grupo em pubs e que esses estabelecimentos funcionem até as 22h. A segunda classificação (alta) restringe confraternização interna entre pessoas de diferentes famílias.

O alerta mais grave (muito alto) prevê medidas mais rígidas, como o fechamento de todos os bares e pubs para regiões em que a doença está se espalhando de forma mais rápida. Segundo Johnson, a região do município de Liverpool é uma das que estão inclusas nessa categoria.

O líder britânico destacou que, no momento, existem mais pessoas hospitalizadas no Reino Unido do que quando o país entrou em "lockdown" no mês de março e os números continuam aumentando. Mas descartou a possibilidade de medidas mais extremas. "Eu discordo que nós devemos ter mais um 'lockdown' completo", afirmou. Até agora, o país registra 603.716 casos de covid-19 e 57.347 mortes.

O primeiro-ministro afirmou que o governo busca alcançar o máximo de consenso possível sobre os pontos mais severos, por isso trabalhará com as autoridades locais para analisar medidas adicionais que possam ser tomadas. "Isso pode levar a mais restrições nos setores de hospedagem, lazer, entretenimento ou cuidados pessoais. Mas comércio de varejo, escolas e universidades permanecerão abertos", disse Johnson.

A expectativa é de que outros países europeus, como França e Itália, também adotem medidas restritivas. O primeiro-ministro francês, Jean Castex, reconheceu nesta segunda-feira tal possibilidade. Ao ser perguntado sobre novas regras para fechamento do comércio e ordens para que os cidadãos permaneçam em casa, ele afirmou que "nada pode ser descartado, diante do que temos visto em nossos hospitais", mas considera ser possível evitar um novo "lockdown" nacional.

A França registrou o recorde de 27 mil novos casos no último sábado (10) e 16 mil mo domingo, 11, aponta reportagem do The Guardian. O país soma 734.974 infecções e 32.683 mortes até o momento, segundo dados do Ministério de Saúde francês.

No domingo, em entrevista à emissora estatal RAI, o ministro da Saúde italiano, Roberto Speranza, também falou sobre novas medidas. "Depois de muitas semanas em que relaxamos as malhas da rede, agora somos obrigados a apertá-las", disse. De acordo com casos da Organização Mundial de Saúde (OMS), a Itália possui 354.950 casos da doença e 36.166 óbitos.

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