Mundo

Coreia do Norte retira mísseis apesar de ameaçar o Sul

Os mísseis Musudan estavam preparados para o disparo a qualquer momento, mas eles foram removidos


	Mísseis são mostrados durante parada militar em Pyongyang em 15 de abril de 2012: a Coreia do Norte não executou o disparo prometido e reduziu o nível dos ataques retóricos
 (Ed Jones/AFP)

Mísseis são mostrados durante parada militar em Pyongyang em 15 de abril de 2012: a Coreia do Norte não executou o disparo prometido e reduziu o nível dos ataques retóricos (Ed Jones/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2013 às 08h32.

Seul - A Coreia do Norte removeu dois mísseis de plataformas de lançamento da costa leste do país, informaram oficiais americanos, sinalizando uma redução no nível de tensão na península, apesar do regime norte-coreano ter feito novas ameaças contra o vizinho do Sul.

Os mísseis Musudan estavam preparados para o disparo a qualquer momento, mas "eles foram removidos", disse um militar dos EUA, que pediu para não ser identificado.

Dois mísseis do tipo Musudan haviam sido deslocados para a costa leste da Coreia do Norte em meio a uma série de ameaças de guerra nuclear por parte do regime de Pyongyang. Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão temeram um disparo de teste por ocasião do feriado nacional de 15 de abril.

Japão e Coreia do Sul avançaram suas defesas antimísseis, enquanto Washington enviou para a região dois destróieres equipados com armamentos antimísseis e um poderoso radar.

Mas a Coreia do Norte não executou o disparo e reduziu o nível dos ataques retóricos.

O porta-voz do Pentágono, George Little, observou uma mudança no discurso da Coreia do Norte e disse aos repórteres nesta segunda que a "pausa nas provocações" foi um desenvolvimento positivo.

Segundo fontes americanas, a retirada dos mísseis afasta a possibilidade de um ataque iminente, já que Pyongyang teria de fazer novos preparativos para recuperar seu status de "pronto para disparo".


O anúncio aconteceu na véspera da visita a Washington da presidente da Coreia do Sul, Park Geunhye, que será recebida na Casa Branca nesta terça-feira pelo presidente Barack Obama.

Os governos de Washington e Seul pretendem reforçar a aliança estratégica.

"Sim, os faríamos pagar. É o momento de acabar com este ciclo", disse a presidente Park em referência à resposta do país a um possível ataque do Norte, em uma entrevista ao canal americano CBS.

Apesar dos sinais de trégua, a Coreia do Norte ameaçou nesta terça-feira adotar represálias imediatas se "apenas" uma bomba cair em seu território durante os exercícios navais conjuntos entre Estados Unidos e Coreia do Sul.

A mínima agressão significará que as ilhas fronteiriças da Coreia do Sul serão envolvidas em um "mar de chamas", adverte um comunicado do comando sudoeste das Forças Armadas norte-coreanas.

Os exercícios de artilharia com munição real na zona de fronteira do Mar Amarelo são uma tentativa de converter as tensões existentes em uma "guerra real", afirma a declaração difundida pela agência estatal coreana de notícias (KCNA).

As tropas norte-coreanas presentes nesta região receberam ordens de adotar "medidas de resposta imediata se apenas uma bomba" atravessar a fronteira.

Coreia do Sul e Estados Unidos realizam até a próxima sexta-feira uma série de exercícios anti-submarinos na zona da fronteira marítima, com a participação do submarino nuclear americano USS Bremerton, entre outras naves.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCoreia do NorteCoreia do SulGuerras

Mais de Mundo

Corte Constitucional de Moçambique confirma vitória do partido governista nas eleições

Terremoto de magnitude 6,1 sacode leste de Cuba

Drones sobre bases militares dos EUA levantam preocupações sobre segurança nacional

Conheça os cinco empregos com as maiores taxas de acidentes fatais nos EUA