Mundo

Conversas "desafiadoras" esperam por Trump e outros líderes no G7

Líderes de Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e EUA irão conversar sobre terrorismo, Síria, Coreia do Norte e a economia global

G7: líderes acreditam que a cúpula de 2017 deve ser a mais desafiadora em anos (Tony Gentile/Reuters)

G7: líderes acreditam que a cúpula de 2017 deve ser a mais desafiadora em anos (Tony Gentile/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 26 de maio de 2017 às 08h58.

Taormina, Itália - As conversas entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e outros líderes de nações ricas do mundo na cúpula do G7 nesta sexta-feira devem ser "robustas" e "desafiadoras", já que o norte-americano criticou aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e repudiou políticas comerciais da Alemanha um dia antes.

Os comentários beligerantes de Trump em Bruxelas às vésperas da cúpula de dois dias na cidade turística italiana de Taormina, no mar Mediterrâneo, colocam uma névoa sobre uma reunião na qual os parceiros dos EUA esperavam induzi-lo a suavizar suas posições no comércio e na mudança climática.

A cúpula começou com uma cerimônia em um antigo teatro grego situado no topo de uma colina com vista para o mar, onde navios de guerra patrulhavam as águas.

Mais tarde, os líderes de Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e EUA irão conversar sobre terrorismo, Síria, Coreia do Norte e a economia global.

"Sem dúvida esta será a cúpula do G7 mais desafiadora em anos", disse Donald Tusk, ex-primeiro-ministro polonês que preside cúpulas de líderes da União Europeia, antes de a reunião iniciar.

O conselheiro econômico da Casa Branca, Gary Cohn, previu debates "robustos" sobre comércio e clima.

Trump, que refuta o aquecimento global causado pelo homem como um "embuste", está ameaçando retirar os EUA do Acordo Climático de Paris de 2015.

Colegas do G7 estão tentando convencê-lo a permanecer. Cohn e outros funcionários do governo disseram que Trump irá decidir depois da cúpula.

"Esta é a primeira oportunidade real que a comunidade internacional tem para forçar o governo americano a começar a mostrar sua posição, particularmente na política ambiental", disse Tristen Naylor, especialista em desenvolvimento da Universidade de Oxford e vice-diretor do Grupo de Pesquisa do G20.

A cúpula, que acontece perto do vulcão mais ativo da Europa, o Monte Etna, é a etapa final de uma turnê de nove dias de Trump que começou no Oriente Médio.

Na quinta-feira, em Bruxelas, cercado de líderes da Otan, ele acusou membros da aliança militar de deverem "grandes quantias de dinheiro" aos EUA e à entidade --embora todas as contribuições dos aliados sejam voluntárias.

 

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaCanadáEstados Unidos (EUA)FrançaItáliaJapãoReino Unido

Mais de Mundo

Eleitores democratas estão divididos e ansiosos após desistência de Biden

Milei promete cantar em show assim que a inflação chegar a zero na Argentina

Eleições Venezuela: opositores de Maduro pedem 'união', a uma semana das votações

Com a desistência de Biden, quem já apoiou Kamala Harris até o momento?

Mais na Exame