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Conversas da Síria empacam e rebeldes prometem mais guerra

A oposição afirma ter pedido uma "pausa" nas negociações, embora esteja relutando em aceitar a culpa pelo fracasso ao se retirar por completo


	Síria: combates intensos no país deixaram o cessar-fogo de seis semanas em frangalhos
 (Goran Tomasevic / Reuters)

Síria: combates intensos no país deixaram o cessar-fogo de seis semanas em frangalhos (Goran Tomasevic / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2016 às 15h46.

Genebra/Beirute - As frágeis conversas de paz da Síria podem não ser retomadas por no mínimo um ano se forem abandonadas agora, alertou um experiente diplomata ocidental nesta quarta-feira, e a oposição clamou por mais apoio militar para os rebeldes depois de declarar que a trégua acabou.

Combates intensos no país deixaram o cessar-fogo de seis semanas em frangalhos. A trégua foi mediada pelos Estados Unidos e pela Rússia para abrir caminho às primeiras tratativas de paz com a presença das partes em guerra desde o início do conflito, cinco anos atrás.

As conversas, que aconteciam em Genebra sob os auspícios da Organização das Nações Unidas (ONU), também parecem ter desmoronado nesta semana.

A oposição afirma ter pedido uma "pausa" nas negociações, embora esteja relutando em aceitar a culpa pelo fracasso ao se retirar por completo.

"Se isso terminar agora, estará acabado por pelo menos um ano... os russos virão com tudo – aproveitando um vácuo dos EUA", afirmou o diplomata, referindo-se aos temores de que Washington estará preocupada com a eleição presidencial do dia 8 de novembro.

"Haverá mais três milhões de refugiados e milhares de mortos a mais", disse ele, que se recusou a se identificar enquanto descrevia um cenário que as potências mundiais ainda esperam evitar.

"Se todos nós formos embora de Genebra, não vejo o processo continuando." Negociadores de Damasco dizem que a presidência de Bashar al-Assad não é negociável, enquanto a oposição enxerga a remoção do presidente como um pré-requisito e se queixa de não ter havido avanços para deter a violência e permitir o acesso humanitário e a presos políticos.

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