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Contador da Delta poderá ficar calado em depoimento na CPI

Na semana passada, o chefe da Delta na região Centro-Oeste, Cláudio Abreu, também conseguiu no Supremo o direito de se calar diante da CPI

Construção da Lâmina Central do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro: obra da Delta (Reprodução)

Construção da Lâmina Central do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro: obra da Delta (Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2012 às 18h55.

Brasília - O contador da construtora Delta, suspeita de ser usada pelo empresário Carlinhos Cachoeira para lavar dinheiro obtido com jogos ilegais, poderá ficar calado quando comparecer à CPI que investiga os laços de Cachoeira com empresas e políticos, após conseguir habeas corpus da ministra Rosa Webber, do STF, nesta terça-feira.

A magistrada considerou que Rodrigo Dall Agnol, contador da empreiteira, vai à CPI na condição de investigado, segundo informações da Agência Senado. Assim, Dall Agnol, que deve comparecer à comissão na quarta-feira, poderá se manter calado, sem responder às perguntas dos parlamentares, e consultar seu advogado, resguardando o direito de não produzir provas contra si mesmo.

Outro depoente que deve ir à CPI na quarta e que terá o direito de se calar é José Queiroga Neto, suspeito de comandar a suposta organização chefiada por Cachoeira na região do entorno do Distrito Federal.

Ao conceder liminar a Queiroga Neto, o ministro do Supremo Joaquim Barbosa avaliou que a decisão sequer necessária, pois a CPI precisa respeitar os direitos constitucionais dos acusados de não se autoincriminarem.

Na semana passada, o chefe da Delta na região Centro-Oeste, Cláudio Abreu, também conseguiu no Supremo o direito de se calar diante da CPI.

Antes dele o próprio Cachoeira compareceu por mais de duas horas à comissão e se recusou a responder perguntas ou fazer declarações.

Seguiram seu exemplo Jairo Martins de Souza e Idalberto Matias de Araújo, acusados pela Polícia Federal de serem arapongas a serviço de Cachoeira.

Somente o ex-vereador Wladimir Garcez, acusado de atuar no braço político da organização que seria comandada por Cachoeira, falou por cerca de 15 minutos e negou as acusações. No entanto, se recusou a responder as perguntas do relator da CPI, deputado Odair Cunha (PT-MG).

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