Greenwashing é o nome comercial da demagogia verde
Veja como identificar essa prática em diversas situações
Da Redação
Publicado em 15 de maio de 2011 às 09h18.
São Paulo - Não há dúvidas de que sustentabilidade seja a palavra da moda e isso tem um lado positivo, que é o fato de incentivar ações preocupadas com o desenvolvimento levando em consideração a igualdade no tripé: social, ambiental e econômico. Mas, também tem um lado negativo que é o uso inadequado deste termo, com interesses puramente comerciais.
O apelo ecológico tem atraído os clientes mais preocupados com o futuro do planeta e esse fato despertou uma luz no mundo dos negócios e das propagandas, resultando em algo que o mercado internacional chama de “Greenwashing”. Isso seria como dar um banho “verde” em coisas que não possuem cuidado algum com a natureza ou com a sociedade em sua essência.
Em 2009, quando a sustentabilidade começou a ganhar força e se popularizar, a Revista Veja publicou sete dicas para ajudar o consumidor a identificar as propagandas enganosas da publicidade. Existem dicas simples que podem ser colocadas em práticas com eficiência ainda hoje.
O primeiro item que merece atenção são os termos obscuros. Mesmo que o assunto esteja mais comum a cada dia, existem expressões, principalmente em inglês, que não são de domínio público e mesmo assim são usadas pelas empresas para tentar fisgar aqueles clientes mais desatentos, como "eco-friendly".
As imagens sugestivas, que mostram uma realidade impossível também devem ativar o radar do consumidor. Nesses casos, é comum as empresas usarem imagens de plantas e flores, em meio a outras coisas que não têm qualquer relação ambiental. Os selos de qualidade ambiental, ou que certificam algum produto utilizado como matéria-prima, devem possuir sempre o carimbo de alguma instituição séria e comprometida com a sustentabilidade.
Os consumidores precisam atentar às comparações feitas com outras empresas, quando a propaganda caracteriza o produto como mais “verde” do que a concorrência. Antes de tomar isso como um fator positivo é preciso saber o que a concorrência faz, pois se tudo for errado, então ser melhor do que eles não significa necessariamente ser bom.
O quinto ponto levantado pela revista é a falta de credibilidade, já que nem todos os produtos que possuem a palavra “ecológico” em sua capa são realmente saudáveis ou seguros. Por isso, além da embalagem é preciso analisar todo o conteúdo. O uso de palavras muito técnicas ou específicas pode ser outra amostra de que o produto não é confiável. As palavras que não são de conhecimento comum podem gerar outras ideias a partir de sua sonoridade ou similaridade a uma palavra de diferente sentido.
Para uma empresa mostrar que o seu comprometimento com a sustentabilidade vai além do Greenwashing ou do discurso, ela precisa comprovar na prática. Portanto, provas, relatórios e constante comprometimento com a verdade são essenciais para conquistar verdadeiramente o consumidor e deixar de lado o tal do “blá, blá, blá” da sustentabilidade.
São Paulo - Não há dúvidas de que sustentabilidade seja a palavra da moda e isso tem um lado positivo, que é o fato de incentivar ações preocupadas com o desenvolvimento levando em consideração a igualdade no tripé: social, ambiental e econômico. Mas, também tem um lado negativo que é o uso inadequado deste termo, com interesses puramente comerciais.
O apelo ecológico tem atraído os clientes mais preocupados com o futuro do planeta e esse fato despertou uma luz no mundo dos negócios e das propagandas, resultando em algo que o mercado internacional chama de “Greenwashing”. Isso seria como dar um banho “verde” em coisas que não possuem cuidado algum com a natureza ou com a sociedade em sua essência.
Em 2009, quando a sustentabilidade começou a ganhar força e se popularizar, a Revista Veja publicou sete dicas para ajudar o consumidor a identificar as propagandas enganosas da publicidade. Existem dicas simples que podem ser colocadas em práticas com eficiência ainda hoje.
O primeiro item que merece atenção são os termos obscuros. Mesmo que o assunto esteja mais comum a cada dia, existem expressões, principalmente em inglês, que não são de domínio público e mesmo assim são usadas pelas empresas para tentar fisgar aqueles clientes mais desatentos, como "eco-friendly".
As imagens sugestivas, que mostram uma realidade impossível também devem ativar o radar do consumidor. Nesses casos, é comum as empresas usarem imagens de plantas e flores, em meio a outras coisas que não têm qualquer relação ambiental. Os selos de qualidade ambiental, ou que certificam algum produto utilizado como matéria-prima, devem possuir sempre o carimbo de alguma instituição séria e comprometida com a sustentabilidade.
Os consumidores precisam atentar às comparações feitas com outras empresas, quando a propaganda caracteriza o produto como mais “verde” do que a concorrência. Antes de tomar isso como um fator positivo é preciso saber o que a concorrência faz, pois se tudo for errado, então ser melhor do que eles não significa necessariamente ser bom.
O quinto ponto levantado pela revista é a falta de credibilidade, já que nem todos os produtos que possuem a palavra “ecológico” em sua capa são realmente saudáveis ou seguros. Por isso, além da embalagem é preciso analisar todo o conteúdo. O uso de palavras muito técnicas ou específicas pode ser outra amostra de que o produto não é confiável. As palavras que não são de conhecimento comum podem gerar outras ideias a partir de sua sonoridade ou similaridade a uma palavra de diferente sentido.
Para uma empresa mostrar que o seu comprometimento com a sustentabilidade vai além do Greenwashing ou do discurso, ela precisa comprovar na prática. Portanto, provas, relatórios e constante comprometimento com a verdade são essenciais para conquistar verdadeiramente o consumidor e deixar de lado o tal do “blá, blá, blá” da sustentabilidade.