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Construção de colônias dobra em 2013 na Cisjôrdania

"Vimos uma construção mais agressiva nos assentamentos nesses dois últimos anos", declarou Obama em entrevista divulgada pela Bloomberg no domingo

Mulher palestina pendura roupas em varal, na área anexada por Israel em Jerusalém Oriental: espera-se que negociações de paz acabem antes do final de abril em "acordo marco" (AFP)

Mulher palestina pendura roupas em varal, na área anexada por Israel em Jerusalém Oriental: espera-se que negociações de paz acabem antes do final de abril em "acordo marco" (AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2014 às 18h06.

O começo de obras nas colônias israelenses da Cisjordânia ocupada subiu mais de 120% em 2013 em relação ao ano anterior, segundo estatísticas do governo de Israel divulgadas nesta segunda-feira.

Essa divulgação aconteceu antes de o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se encontrar na Casa Branca com o presidente norte-americano, Barack Obama, que criticou severamente a construção nos assentamentos dos territórios palestinos ocupados.

"Vimos uma construção mais agressiva nos assentamentos nesses dois últimos anos", declarou Obama em uma entrevista divulgada pela Bloomberg no domingo.

"Se os palestinos chegam à conclusão de que a possibilidade de ter um estado soberano adjacente está fora de alcance, nossa capacidade para enfrentar as repercussões internacionais será limitada", acrescentou.

Segundo o jornal The New York Times, que cita funcionários norte-americanos, "Obama vai pressionar Netanyahu para aceitar o acordo-marco sobre as negociações" que "está sendo redigido pelo secretário de Estado, John Kerry".

Espera-se que as negociações de paz, que foram retomadas em julho de 2013, depois de quase três anos de interrupção, acabem antes do final de abril em um "acordo marco" que defina as linhas gerais dos temas do chamado "estatuto final": as fronteiras, as colônias, a segurança, o estatuto de Jerusalém e os refugiados palestinos.

Contudo, no momento, não foram registrados avanços concretos e Kerry disse que as discussões poderiam ser prolongadas além do prazo de nove meses.

Netanyahu prometeu, no domingo, resistir às pressões ao realizar sua viagem aos Estados Unidos.

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