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Conservadores europeus alertam para aumento de "eurocéticos"

Aumento ocorreria caso os membros social-democratas e liberais não apoiem o candidato conservador à presidência da Câmara

Parlamento europeu: ainda que o PPE seja um grupo de destaque na Câmara, sua eleição não parece fácil (Getty Images)

Parlamento europeu: ainda que o PPE seja um grupo de destaque na Câmara, sua eleição não parece fácil (Getty Images)

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AFP

Publicado em 10 de janeiro de 2017 às 13h23.

Última atualização em 10 de janeiro de 2017 às 15h21.

Os conservadores europeus acusaram nesta terça-feira os membros social-democratas e liberais de serem os possíveis responsáveis pelo aumento do número de eurocéticos no Parlamento europeu, caso esses não cumpram o pacto firmado em 2014 e não apoiem o candidato conservador à presidência da Câmara.

"Todos os que não cumprirem esse acordo serão responsáveis pela influência crescente dos populistas nessa casa", disse Manfred Weber, líder do grupo parlamentar conservador PPE, cujo candidato para presidir a Eurocâmara é o italiano Antonio Tajani.

Ainda que o PPE seja um grupo de destaque na Câmara, sua eleição não parece fácil, já que os social-democratas, seus sócios e as instituições europeias próximas aos liberais negam que os conservadores ocupem as três altas instâncias da UE: Eurocâmara, Comissão Europeia e Conselho Europeu.

Tajani enfrentará na próxima terça-feirao social-democrata italiano Gianni Pittella e o liberal belga Guy Verhofstadt na disputa pela presidência, candidaturas consideradas uma traição por parte do PPE, que denuncia a ruptura do acordo firmado em 2014 entre os três grupos.

Em virtude desse pacto, do qual o PPE divulgou uma cópia pela primeira vez, o presidente demissionário da Eurocâmara, o social-democrata Martin Schulz, cedeu seu posto aos conservadores durante a segunda metade da legislatura, o que significa a partir do início de 2017.

Em carta enviada aos parlamentarios conservadores, Weber indicou na segunda-feira que essa alternância foi o "único" motivo pelo qual deram seu voto a Schulz em 2014, e pede aos social-democratas e liberais a "se conformarem com o acordo" e darem uma oportunidade a Tajani.

"O acordo não tem nenhum vínculo com outras instituições europeias", argumenta na carta o líder conservador, para o qual seu grupo "constitui uma âncora de estabilidade" em um momento no qual a "Europa atravessa uma fase difícil".

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