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Conservador Mario Abdo Benitez é confirmado presidente do Paraguai

Eleições no Paraguai ocorreram em 22 de abril, quando Benítez obteve 46,49% dos votos

Paraguai: Mario Abdo Benítez foi eleito presidente do país (Mario Valdez/Reuters)
AB

Agência Brasil

Publicado em 22 de maio de 2018 às 08h52.

A Justiça Eleitoral do Paraguai (Tribunal Superior de Justiça Eleitoral) confirmou que o conservador Mario Abdo Benítez, 46 anos, é o novo presidente eleito do país. Do Partido Colorado, ele é aliado do atual presidente Horacio Cartes, eleito recentemente para o Senado. Benítez será proclamado vitorioso na sexta-feira (25).

Em 15 de agosto será a cerimônia de posse. Cartes ficou no poder por cinco anos. A polêmica mais recente envolvendo o Paraguai foi a inauguração ontem (21) da embaixada paraguaia em Jerusalém, acirrando a crise na Faixa de Gaza.

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As eleições no Paraguai ocorreram em 22 de abril, quando Benítez obteve 46,49% dos votos e o segundo colocado, Efraín Alegre, conquistou 42,73%. A diferença foi de pouco mais de 95 mil votos. O total de apuração foi de 96,76%, segundo a Justiça Eleitoral.

Na Câmara Alta, o Partido Colorado obteve 17 cadeiras, com Cartes em primeiro lugar entre os senadores. O Partido Liberal conquistou 13 lugares. Na Câmara dos Deputados, o cálculo ainda não foi concluído.

Perfil

Empresário do ramo de marketing, Benítez foi alvo de críticas durante a campanha eleitoral por causa da relação do pai dele com a ditadura militar de Alfredo Stroessner. Mario Abdo, o pai do presidente eleito, foi secretário particular de Stroessner.

Benítez chegou a afirmar que Stroessner fez muito pelo país, acrescentando que discorda de violações dos direitos humanos, tortura e perseguição cometidos durante o regime militar.

Stroessner cumpriu sete mandatos consecutivos como presidente do Paraguai. Chefe do Exército paraguaio, foi apontado como responsável por vários crimes de violações de direitos humanos enquanto esteve no poder. Morreu em Brasília em 2006.

No Paraguai, diferentemente do Brasil e de vários países sul-americanos, não houve Lei de Anistia e possíveis investigações detalhadas sobre o regime militar ainda estão abertas.

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