Cairo - Os conflitos entre os rebeldes sírios e as tropas do regime de Bashar al-Assad prosseguem nesta sexta-feira, sobretudo nas províncias de Alepo e Damasco, enquanto continuam os bombardeios em muitas cidades do país, segundo os grupos opositores.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que foram registrados duros enfrentamentos entre o Exército Livre da Síria (ELS) e as forças do regime. Os combates no bairro de Al Tadamun, em Damasco, causaram a morte de pelo menos 29 civis. Em Alepo, o conflito foi mais intenso nos bairros de Al Zebdya e Salahedín, cenário da maior batalha pelo controle da cidade.

Além disso, segundo o Observatório, as tropas do regime bombardearam com mísseis Hawk o campo de refugiados palestinos de Al Yarmouk, em Damasco, causando a morte de pelo menos 21 pessoas, entre elas duas crianças, informação também confirmada pelos Comitês de Coordenação Local (CCL).

Enquanto isso, na província de Rif Damasco, nos arredores da capital, as forças leais a Assad bombardearam a cidade de Jadida Artuz, fecharam suas entradas e cortaram a eletricidade, o que despertou os temores de um novo massacre.

A Comissão Geral da Revolução Síria e a Rede Sham explicaram que as províncias de Daraa (sul), Deir al-Zour (nordeste) e Hama (centro) sofreram bombardeios com artilharia pesada e metralhadoras, o que deixou um número indeterminado de mortos e feridos.

As dificuldades para encontrar uma solução política na Síria motivaram a renúncia do enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan.

Em Genebra, Annan atribuiu a continuação da violência "à intransigência do Governo sírio e à escalada da campanha militar da oposição, unida à divisão internacional".