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Comitê para Proteção dos Jornalistas ganha título de ONG

A embaixadora americana, Samantha Power, qualificou o CPJ de "organização independente e imparcial"

ONU: a embaixadora americana, Samantha Power, qualificou o CPJ de "organização independente e imparcial" (Mike Segar/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2016 às 21h01.

As Nações Unidas finalmente acreditou nesta segunda-feira o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ, na sigla em inglês) como organização não governamental, contrariando uma decisão anterior diante da pressão dos Estados Unidos .

O Comitê da ONG das Nações Unidas tinha rejeitado em 26 de maio a candidatura do CPJ. Mas os Estados Unidos pediram rapidamente aos 54 membros do órgão especializado da ONU que supervisiona que revisasse a decisão.

O voto no Conselho Econômico e Social da ONU foi adotado por 40 votos a favor, cinco contrários (Rússia, China, Ruanda, Vietnã e Zimbábue) e seis abstenções (Argélia, Bangladesh, Burkina Faso, Índia, Paquistão e Uganda).

A representante russa divulgou que a decisão de acreditar o CPJ correspondia ao Comitê de ONG e que desautorizá-lo "mina sua credibilidade".

A embaixadora americana, Samantha Power, qualificou o CPJ de "organização independente e imparcial" e considerou que sua não acreditação constituía "uma perda enorme para a ONU".

Power lamentou que "o Comitê de ONG se comporta cada vez mais como um comitê anti-ONG", ao adiar a cada ano a candidatura de várias centenas de organizações "simplesmente porque criticam os governos".

O status especial de ONG permite acessar com mais facilidade os locais das Nações Unidas e se entende como uma forma de dar voz à sociedade civil.

A solicitação do CPJ remonta a 2012, mas tinha sido adiada em até oito ocasiões, a maioria delas sem ser submetida a votação.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, criticou em maio a recusa em acreditar o CPJ e se declarou "profundamente decepcionado", lamentando o fato de que a decisão impedia a esta organização ter acesso a certas instâncias da ONU, como o Conselho de Direitos Humanos.

O CPJ destacou em um comunicado que, desde que apresentou sua candidatura em 2012, 304 jornalistas morreram no exercício da profissão e que as agências da ONU o consultam regularmente.

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As Nações Unidas finalmente acreditou nesta segunda-feira o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ, na sigla em inglês) como organização não governamental, contrariando uma decisão anterior diante da pressão dos Estados Unidos .

O Comitê da ONG das Nações Unidas tinha rejeitado em 26 de maio a candidatura do CPJ. Mas os Estados Unidos pediram rapidamente aos 54 membros do órgão especializado da ONU que supervisiona que revisasse a decisão.

O voto no Conselho Econômico e Social da ONU foi adotado por 40 votos a favor, cinco contrários (Rússia, China, Ruanda, Vietnã e Zimbábue) e seis abstenções (Argélia, Bangladesh, Burkina Faso, Índia, Paquistão e Uganda).

A representante russa divulgou que a decisão de acreditar o CPJ correspondia ao Comitê de ONG e que desautorizá-lo "mina sua credibilidade".

A embaixadora americana, Samantha Power, qualificou o CPJ de "organização independente e imparcial" e considerou que sua não acreditação constituía "uma perda enorme para a ONU".

Power lamentou que "o Comitê de ONG se comporta cada vez mais como um comitê anti-ONG", ao adiar a cada ano a candidatura de várias centenas de organizações "simplesmente porque criticam os governos".

O status especial de ONG permite acessar com mais facilidade os locais das Nações Unidas e se entende como uma forma de dar voz à sociedade civil.

A solicitação do CPJ remonta a 2012, mas tinha sido adiada em até oito ocasiões, a maioria delas sem ser submetida a votação.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, criticou em maio a recusa em acreditar o CPJ e se declarou "profundamente decepcionado", lamentando o fato de que a decisão impedia a esta organização ter acesso a certas instâncias da ONU, como o Conselho de Direitos Humanos.

O CPJ destacou em um comunicado que, desde que apresentou sua candidatura em 2012, 304 jornalistas morreram no exercício da profissão e que as agências da ONU o consultam regularmente.

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