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Comissão da ONU constata uso de armas químicas na Síria

Os investigadores citam quatro casos nos quais teriam sido usados agentes químicos

Área destruída no bairro de Suleiman al-Halabi: as investigações não permitiram identificar o tipo de substância química nem os sistemas de armas usados ou quem os utilizou (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 4 de junho de 2013 às 11h52.

Genebra - A comissão de investigação da ONU sobre a Síria denunciou nesta terça-feira o uso de agentes químicos em pelo menos quatro ocasiões no território sírio, entre março e abril, indica o relatório mais recente apresentado ao Conselho dos Direitos Humanos.

A comissão considera que "há motivos razoáveis para pensar que foram usadas quantidades limitadas de produtos químicos".

Os investigadores citam quatro casos nos quais teriam sido usados agentes químicos: em 19 de março em Khan al-Assal, nas imediações de Aleppo; no mesmo dia em Uteibah, perto de Damasco; em 13 de abril no bairro de Sheikh Maqsud de Aleppo; em 29 de abril na cidade de Saraqeb.

Até o momento as investigações "não permitiram identificar a natureza dos agentes, os sistemas de armas usados ou quem os utilizou".

"Vamos nos reunir com vítimas, refugiados e equipes médicas", afirmou o presidente da comissão, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro.

Pinheiro também informou que havia viajado a Paris na semana passada para pedir às autoridades francesas que transmitam à comissão os resultados das análises das mostras transportadas da Síria por jornalistas do Le Monde.

A comissão, assim como alguns embaixadores, incluindo os da União Europeia e do Brasil, pediu nesta terça-feira que o governo sírio autorize o ingresso no país da comissão de investigação de armas químicas criada pelo secretário-geral da ONU.


O regime sírio acusou os rebeldes de terem utilizado armas químicas em Khan al-Assal em 19 de março e pediu uma investigação da ONU. Mas depois rejeitou a ideia da ONU enviar uma missão a todo o território sírio.

A Síria rejeitou o documento por considerá-lo desequilibrado. O embaixador russo na ONU afirmou que Damasco continua disposto a permitir uma visita dos investigadores a Khan al-Assal.

A magistrada suíça Carla del Ponte, que integra a comissão, afirmou que "não se deve transformar estes episódios em uma história maior do que é", em comparação com o número global de vítimas do conflito.

"Outros incidentes também são investigados", destaca o relatório, que inclui o período de 15 de janeiro a 15 de maio.

A comissão também destaca que os crimes de guerra e contra a Humanidade se tornaram uma "realidade cotidiana" no território sírio. O relatório cita em particular a suspeita de uso de armas químicas, os massacres e o recurso à tortura.

Desde o início do mandato, em setembro de 2011, a comissão fez 1.630 entrevistas e investiga 30 acusações de massacres, dos quais 17 teriam sido cometidos depois de 15 de janeiro.

*Matéria atualizada às 11h52

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Genebra - A comissão de investigação da ONU sobre a Síria denunciou nesta terça-feira o uso de agentes químicos em pelo menos quatro ocasiões no território sírio, entre março e abril, indica o relatório mais recente apresentado ao Conselho dos Direitos Humanos.

A comissão considera que "há motivos razoáveis para pensar que foram usadas quantidades limitadas de produtos químicos".

Os investigadores citam quatro casos nos quais teriam sido usados agentes químicos: em 19 de março em Khan al-Assal, nas imediações de Aleppo; no mesmo dia em Uteibah, perto de Damasco; em 13 de abril no bairro de Sheikh Maqsud de Aleppo; em 29 de abril na cidade de Saraqeb.

Até o momento as investigações "não permitiram identificar a natureza dos agentes, os sistemas de armas usados ou quem os utilizou".

"Vamos nos reunir com vítimas, refugiados e equipes médicas", afirmou o presidente da comissão, o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro.

Pinheiro também informou que havia viajado a Paris na semana passada para pedir às autoridades francesas que transmitam à comissão os resultados das análises das mostras transportadas da Síria por jornalistas do Le Monde.

A comissão, assim como alguns embaixadores, incluindo os da União Europeia e do Brasil, pediu nesta terça-feira que o governo sírio autorize o ingresso no país da comissão de investigação de armas químicas criada pelo secretário-geral da ONU.


O regime sírio acusou os rebeldes de terem utilizado armas químicas em Khan al-Assal em 19 de março e pediu uma investigação da ONU. Mas depois rejeitou a ideia da ONU enviar uma missão a todo o território sírio.

A Síria rejeitou o documento por considerá-lo desequilibrado. O embaixador russo na ONU afirmou que Damasco continua disposto a permitir uma visita dos investigadores a Khan al-Assal.

A magistrada suíça Carla del Ponte, que integra a comissão, afirmou que "não se deve transformar estes episódios em uma história maior do que é", em comparação com o número global de vítimas do conflito.

"Outros incidentes também são investigados", destaca o relatório, que inclui o período de 15 de janeiro a 15 de maio.

A comissão também destaca que os crimes de guerra e contra a Humanidade se tornaram uma "realidade cotidiana" no território sírio. O relatório cita em particular a suspeita de uso de armas químicas, os massacres e o recurso à tortura.

Desde o início do mandato, em setembro de 2011, a comissão fez 1.630 entrevistas e investiga 30 acusações de massacres, dos quais 17 teriam sido cometidos depois de 15 de janeiro.

*Matéria atualizada às 11h52

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