Clientes esperam na fila de um posto de gasolina no Brooklyn, Nova York: a decisão do prefeito da cidade deixou os cidadãos de mau humor (Brendan McDermid/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de novembro de 2012 às 12h48.
Nova York - Os nova-iorquinos receberam nesta sexta-feira com queixas e mau humor o início do racionamento da venda de gasolina na cidade e na vizinha Long Island, algo que trouxe aos cidadãos de mais idade lembranças das crises do petróleo da década de 70.
O processo, segundo o qual os veículos podem reabastecer se o número final de sua placa e o dia do mês coincidirem em par ou ímpar, é "a melhor maneira de ajudar os clientes a comprar gasolina mais rapidamente", explicou o prefeito da cidade, Michael Bloomberg, ao anunciar a medida na tarde da quinta-feira.
No entanto, essa opinião não era compartilhada esta manhã por muitos motoristas. "O prefeito quer aborrecer a todos", assinalou de forma taxativa à Agência Efe Ray Wilson, claramente descontente com a medida, embora aliviado por não precisar ainda de gasolina.
"Está muito ruim", lamentou outro motorista enquanto fazia fila em um posto de gasolina de East Harlem.
A decisão foi anunciada ontem por Bloomberg e pelo governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, depois que a lenta melhora da provisão de gasolina após os problemas causados pelo furacão "Sandy" foi frustrada pela avaria de um oleoduto que abastece de combustível a região.
Policiais e funcionários dos postos de gasolina comprovam através do certificado de registro dos veículos (um adesivo oficial situado no vidro da frente) que os motoristas não sucumbem à tentação de trocar suas placas com as de um amigo, vizinho ou parente.
Trata-se de um truque velho que já foi usado nos Estados Unidos durante os racionamentos causados pelas crises do petróleo de 1973 e 1979.