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Combates na Ucrânia chegam à fronteira com a Rússia

Combates entre governo e insurgentes na Ucrânia chegaram à fronteira com a Rússia

Helicóptero militar ucraniano: grupo de milicianos atacou posto da guarda fronteiriça (Genya Savilov/AFP)
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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2014 às 14h47.

Kiev - Os combates entre o governo e insurgentes pró-russos na Ucrânia chegaram nesta segunda-feira à fronteira com a Rússia depois de um grupo de milicianos rebeldes atacar um posto da guarda fronteiriça.

Segundo o Serviço de Fronteiras da Ucrânia, cerca de 500 rebeldes atacaram durante a madrugada o comando da cidade de Lugansk, a poucos quilômetros da fronteira.

Pelo menos cinco rebeldes morreram, e vários guardas da fronteira ficaram feridos nos combates, que duraram quase todo o dia, com breves tréguas para a retirada dos feridos.

O ataque pegou os guardas da fronteira de surpresa, que esperaram em vão a chegada de reforços, mas mesmo assim conseguiram se defender da ofensiva dos rebeldes, que contavam com lança-granadas, morteiros e bazucas.

Segundo a agência oficial russa RIA Novosti, uma dezena de reservistas ucranianos convocados recentemente se renderam aos pró-russos.

Os milicianos informaram em comunicado que, por causa dos combates, a população civil da região, na periferia da capital e junto à fronteira russa, teve que ser evacuada.

Os dirigentes da "república popular de Lugansk", que proclamaram a independência em 12 de maio após a realização de um referendo separatista, disseram hoje que a intenção é liberar a fronteira com a Federação Russa, com quem querem se integrar.

"Este era um de nossos planos e agora estamos colocando-o em prática. Estamos liberando nossa terra", explicou Valeri Bolotov, líder separatista em Lugansk.

Em resposta, o governo de Kiev fez ataques aéreos para dispersar os rebeldes destruindo duas posições de morteiros rebeldes.

Aparentemente, segundo fontes insurgentes citadas pelas agências russas, a aviação atacou também o edifício do governo regional no centro de Lugansk, onde morreram cinco pessoas e vários ficaram gravemente feridos.


Os serviços de saúde só confirmaram duas mortes.

"No ataque contra o edifício do governo morreu a ministra da Saúde, Natalia Arjípova", afirmaram os separatistas em comunicado.

Segundo o correspondente de "RIA Novosti", o ataque aéreo deixou "muitos mortos e feridos" e provocou um incêndio no imóvel, cuja fachada ficou "seriamente danificada".

Já segundo a agência "Interfax", "caças-bombardeiros ucranianos lançaram no centro da cidade uma bomba, que explodiu perto da sede da administração regional, base dos dirigentes da "república popular de Lugansk"".

"Há muitos mortos e feridos entre os rebeldes e a população civil", acrescentou.

As autoridades de Kiev negaram que um avião de guerra das Forças Aéreas ucranianas tivesse bombardeado hoje o centro de Lugansk.

"Não houve ataque aéreo. A explosão no edifício do governo regional de Lugansk aconteceu devido ao inábil uso de armas de fogo e substâncias explosivas", explicou Vladislav Selezniov, porta-voz da "operação antiterrorista" contra as fortificações do leste russófono.

A Rússia convocou hoje uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU para apresentar uma proposta de resolução sobre a Ucrânia que exigirá o fim imediato da violência para negociar um cessar-fogo durável e a abertura de "corredores humanitários" no leste pró-russo.

"A cada dia morre mais gente, o sofrimento dos civis aumenta. Continua o uso de tropas, aviação e armamento pesado; bairros residenciais têm sido metralhados, como pode se ver praticamente ao vivo", protestou em entrevista coletiva o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

"Queremos que o Conselho de Segurança exija que a saída pacífica de pessoas e a entrada de ajuda humanitária nas áreas de combate não seja obstruída", acrescentou.

Lavrov também criticou o fato de as previsões do ocidente não terem se cumprido, que afirmavam que após as eleições presidenciais de 25 de maio a situação na Ucrânia se estabilizaria.

"Foi tudo ao contrário", ressaltou.

Durante o Conselho OTAN-Rússia em Bruxelas os aliados cobraram que Moscou deixe de apoiar os separatistas, suspenda o abastecimento de armas e recue de uma vez por todas suas tropas na fronteira com a Ucrânia.

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Kiev - Os combates entre o governo e insurgentes pró-russos na Ucrânia chegaram nesta segunda-feira à fronteira com a Rússia depois de um grupo de milicianos rebeldes atacar um posto da guarda fronteiriça.

Segundo o Serviço de Fronteiras da Ucrânia, cerca de 500 rebeldes atacaram durante a madrugada o comando da cidade de Lugansk, a poucos quilômetros da fronteira.

Pelo menos cinco rebeldes morreram, e vários guardas da fronteira ficaram feridos nos combates, que duraram quase todo o dia, com breves tréguas para a retirada dos feridos.

O ataque pegou os guardas da fronteira de surpresa, que esperaram em vão a chegada de reforços, mas mesmo assim conseguiram se defender da ofensiva dos rebeldes, que contavam com lança-granadas, morteiros e bazucas.

Segundo a agência oficial russa RIA Novosti, uma dezena de reservistas ucranianos convocados recentemente se renderam aos pró-russos.

Os milicianos informaram em comunicado que, por causa dos combates, a população civil da região, na periferia da capital e junto à fronteira russa, teve que ser evacuada.

Os dirigentes da "república popular de Lugansk", que proclamaram a independência em 12 de maio após a realização de um referendo separatista, disseram hoje que a intenção é liberar a fronteira com a Federação Russa, com quem querem se integrar.

"Este era um de nossos planos e agora estamos colocando-o em prática. Estamos liberando nossa terra", explicou Valeri Bolotov, líder separatista em Lugansk.

Em resposta, o governo de Kiev fez ataques aéreos para dispersar os rebeldes destruindo duas posições de morteiros rebeldes.

Aparentemente, segundo fontes insurgentes citadas pelas agências russas, a aviação atacou também o edifício do governo regional no centro de Lugansk, onde morreram cinco pessoas e vários ficaram gravemente feridos.


Os serviços de saúde só confirmaram duas mortes.

"No ataque contra o edifício do governo morreu a ministra da Saúde, Natalia Arjípova", afirmaram os separatistas em comunicado.

Segundo o correspondente de "RIA Novosti", o ataque aéreo deixou "muitos mortos e feridos" e provocou um incêndio no imóvel, cuja fachada ficou "seriamente danificada".

Já segundo a agência "Interfax", "caças-bombardeiros ucranianos lançaram no centro da cidade uma bomba, que explodiu perto da sede da administração regional, base dos dirigentes da "república popular de Lugansk"".

"Há muitos mortos e feridos entre os rebeldes e a população civil", acrescentou.

As autoridades de Kiev negaram que um avião de guerra das Forças Aéreas ucranianas tivesse bombardeado hoje o centro de Lugansk.

"Não houve ataque aéreo. A explosão no edifício do governo regional de Lugansk aconteceu devido ao inábil uso de armas de fogo e substâncias explosivas", explicou Vladislav Selezniov, porta-voz da "operação antiterrorista" contra as fortificações do leste russófono.

A Rússia convocou hoje uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU para apresentar uma proposta de resolução sobre a Ucrânia que exigirá o fim imediato da violência para negociar um cessar-fogo durável e a abertura de "corredores humanitários" no leste pró-russo.

"A cada dia morre mais gente, o sofrimento dos civis aumenta. Continua o uso de tropas, aviação e armamento pesado; bairros residenciais têm sido metralhados, como pode se ver praticamente ao vivo", protestou em entrevista coletiva o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

"Queremos que o Conselho de Segurança exija que a saída pacífica de pessoas e a entrada de ajuda humanitária nas áreas de combate não seja obstruída", acrescentou.

Lavrov também criticou o fato de as previsões do ocidente não terem se cumprido, que afirmavam que após as eleições presidenciais de 25 de maio a situação na Ucrânia se estabilizaria.

"Foi tudo ao contrário", ressaltou.

Durante o Conselho OTAN-Rússia em Bruxelas os aliados cobraram que Moscou deixe de apoiar os separatistas, suspenda o abastecimento de armas e recue de uma vez por todas suas tropas na fronteira com a Ucrânia.

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