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Combates entre Exército sírio e rebeldes se intensificam

O coordenador da Sham, rede de oposição na cidade explicou que o Exército está bombardeando com artilharia pesada e helicópteros os bairros sob controle do ELS

Atirador rebelde do Exército Livre da Síria: em Tal Abiad, foram registrados graves confrontos nos centros de segurança da área (Obeida Al Naimi/Reuters)

Atirador rebelde do Exército Livre da Síria: em Tal Abiad, foram registrados graves confrontos nos centros de segurança da área (Obeida Al Naimi/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de julho de 2012 às 16h24.

Cairo - Os combates entre o Exército sírio e os rebeldes se intensificaram nesta segunda-feira na cidade de Aleppo, a segunda mais importante da Síria, no terceiro dia de ofensiva militar na região, enquanto outros pontos do país também foram alvos de fortes bombardeios.

Em Aleppo, os choques se concentraram nos bairros de Salah ad-Din, Bab Al Hadid, Hamedin, Akiul Shar e Al Sajur, segundo as autoridades, que afirmaram ter matado e ferido um "grande número" de supostos terroristas, como o regime denomina os opositores armados.

O coordenador da Sham, rede de oposição na cidade, Majid Abdelnur, explicou à Agência Efe pela internet que o Exército está bombardeando com artilharia pesada e helicópteros os bairros sob controle do grupo rebelde Exército Livre Sírio (ELS) e que os enfrentamentos ocorrem em áreas como Ansari, Mashhad, Halq e Sheikh Khader.

No bairro de Adnan, os combatentes do ELS se apoderaram de um arsenal de armas, assegurou Abdelnur, acrescentando que os bombardeios também atingiram as áreas de Darat, Aisat e Haian, nas imediações de Aleppo.

"Os moradores dos bairros bombardeados estão fugindo. Não há combustível nem farinha, apenas um pouco de água, verduras e eletricidade. Os remédios e médicos estão escassos e os feridos mais graves estão sendo transferidos para a Turquia", afirmou o oposicionista.

Um destes evacuados foi o correspondente do canal de televisão "Al Jazeera", Omar Jashram, que foi ferido nesta segunda-feira por uma bomba que caiu perto de onde cobria os fatos na cidade.


No sábado passado, as forças do regime do presidente sírio, Bashar al Assad, iniciaram uma ofensiva para expulsar de Aleppo os "grupos terroristas".

Recuperar o controle total de Aleppo se transformou em um objetivo fundamental para o regime, principalmente por tratar-se do centro econômico da Síria.

Até agora os enfrentamentos e bombardeios obrigaram cerca de 200 mil pessoas a deixarem suas casas na cidade e os arredores, segundo os últimos dados das Nações Unidas.

No entanto, na sexta-feira passada, os numerosos atos de violência anteriores à ofensiva militar já tinham levado o Crescente Vermelho suspender certas "operações" em Aleppo por causa do clima de insegurança.

Pelo menos 33 pessoas morreram nesta segunda na Síria, 12 delas em Damasco e seus arredores, e outras nove em Aleppo, de acordo com relatos dos ativistas dos Comitês de Coordenação Local.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos também informou sobre a morte de aproximadamente 30 pessoas, nove delas na província de Homs (centro) e cinco na de Deraa (sul).

Os combates no bairro de Sahaledín (Aleppo) e na cidade de Tal Abiad, na província de Raqqa, provocaram também a morte de 14 soldados do regime, indicou o Observatório.

Em Tal Abiad, foram registrados graves confrontos entre os leais e os opositores do regime de Assad nos centros de segurança da área, destacaram os ativistas.

Já a agência oficial de notícias síria, "Sana", apontou que as tropas sírias fizeram nesta segunda-feira uma batida na província de Deraa, onde encontraram uma célula de homens armados e "causaram grandes perdas aos terroristas".

Estas informações não puderam ser verificadas de forma independente devido às restrições impostas pelas autoridades sírias aos jornalistas para trabalhar. 

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