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Combatentes que ficaram em Aleppo são terroristas, diz Rússia

O ministro das Relações Exteriores russo acusou os EUA de atrasarem as consultas para a retirada dos rebeldes de Aleppo

Aleppo: Lavrov destacou que especialistas russos e americanos estão em contato (Ammar Abdullah/Reuters)

Aleppo: Lavrov destacou que especialistas russos e americanos estão em contato (Ammar Abdullah/Reuters)

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EFE

Publicado em 7 de dezembro de 2016 às 12h31.

Moscou - O Kremlin afirmou nesta quarta-feira que todos os combatentes que estão no leste de Aleppo são terroristas, horas antes da reunião em Hamburgo, na Alemanha, entre o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, e o secretário de Estado americano, John Kerry.

"Não importa quem eles sejam, são grupos vinculados à organização terrorista Frente al Nusra (Frente da Conquista do Levante). São todos terroristas", disse Dmitri Peskov, porta-voz do Kremlin.

Mesmo com tal opinião, ele considerou que continua sendo válida a proposta que Kerry apresentou a Lavrov na sexta passada sobre a retirada de todos os combatentes da cidade, apesar de depois ela ter sido revogada pelos Estados Unidos, segundo explicou o chefe da diplomacia russa.

"Este assunto segue na agenda do dia. Infelizmente, até agora só uns poucos saíram e a maioria dos terroristas permanece nas posições", disse.

Ele destacou que especialistas russos e americanos estão em contato, mas desconhece se a parte americana apresentará hoje uma nova proposta para a normalização da situação em Aleppo.

Segundo o Kremlin, o Exército já controla mais da metade da segunda maior cidade síria e a cada dia recupera novos distritos controlados pelos jihadista.

A Chancelaria russa anunciou que Lavrov e Kerry se reunirão hoje em Hamburgo aproveitando a reunião ministerial da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE).

Ontem, Lavrov acusou o governo americano de atrasar o começo das consultas russo-americanas em Genebra para a retirada dos rebeldes de Aleppo.

"Parece uma tentativa de ganhar tempo para que os guerrilheiros tenham um respiro", disse Lavrov, que na segunda-feira revelou que Kerry tinha proposto "concordar as rotas e os prazos para a saída do leste de Aleppo de todos os combatentes, sem exceção".

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