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Comandantes do EI podem ser processados por crimes de guerra

Especialistas pediram que os comandantes culpados de crimes de guerra e contra a humanidade sejam responsabilizados pelo Tribunal Penal Internacional

O chefe do Estado Islâmico (EI), Abu Bakr Al-Baghdadi: comandantes do EI poderão ser processados por crimes de guerra (foto/AFP)
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Da Redação

Publicado em 14 de novembro de 2014 às 13h02.

Genebra - Os comandantes do Estado Islâmico estão sujeitos a ser processados por crimes de guerra em “grande escala” no nordeste da Síria, onde espalham o terror com decapitações, apedrejamentos e execuções de civis e combatentes capturados, afirmaram investigadores da Organização das Nações Unidas ( ONU ) nesta sexta-feira.

Os especialistas pediram às potências mundiais que façam com que os comandantes culpados de crimes de guerra e contra a humanidade sejam responsabilizados pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).

Os relatórios mais recentes dos investigadores independentes da ONU se baseiam em entrevistas com mais de 300 homens, mulheres e crianças que fugiram ou ainda vivem no bastião do Estado Islâmico no nordeste sírio, incluindo a cidade de Aleppo.

“Ao realizar assassinatos em massa de civis e combatentes capturados depois de ataques militares, os membros do Estado Islâmico perpetraram violações flagrantes da lei humanitária internacional compulsória e o crime de guerra de assassinato em larga escala”, afirmou o relatório.

Combatentes estrangeiros, muitos dos quais recrutados por vídeos violentos, engrossaram as fileiras do grupo e dominam a estrutura de sua liderança, disse o documento.

“Os comandantes do Estado Islâmico atuaram deliberadamente, perpetrando estes crimes de guerra… são criminalmente responsáveis como indivíduos”, acrescentou, dizendo que o líder da facção, Abu Bakr Al-Baghdadi, detém o “poder absoluto”.

Desde que os ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos começaram a visar alvos dos islâmicos radicais na Síria no final de setembro, “civis que vivem em Minbij (Aleppo) descreveram como os combatentes do Estado Islâmico começaram a se posicionar em casas e fazendas de civis”, informou o relatório de 20 páginas.

“Os ataques aéreos contra posições do Estado Islâmico levaram a algumas baixas civis”, acrescentou, sem oferecer uma estimativa.

Cerca de 200 mil pessoas já morreram no conflito, afirmou a ONU.

O Estado Islâmico aplica suas regras, baseadas em uma interpretação radical da lei islâmica, por meio da “polícia moral” conhecida como Al-Hisbah, que ordena açoitamentos e amputações “por delitos como fumar cigarros ou roubo”, explica o documento das Nações Unidas.

Crianças são pressionadas a delatar seus pais, mulheres são executadas por ter contatos com homens sem aprovação prévia e cristãos e outras minorias são obrigados a pagar impostos ou se converterem, segundo o relatório.

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“Ao realizar assassinatos em massa de civis e combatentes capturados depois de ataques militares, os membros do Estado Islâmico perpetraram violações flagrantes da lei humanitária internacional compulsória e o crime de guerra de assassinato em larga escala”, afirmou o relatório.

Combatentes estrangeiros, muitos dos quais recrutados por vídeos violentos, engrossaram as fileiras do grupo e dominam a estrutura de sua liderança, disse o documento.

“Os comandantes do Estado Islâmico atuaram deliberadamente, perpetrando estes crimes de guerra… são criminalmente responsáveis como indivíduos”, acrescentou, dizendo que o líder da facção, Abu Bakr Al-Baghdadi, detém o “poder absoluto”.

Desde que os ataques aéreos liderados pelos Estados Unidos começaram a visar alvos dos islâmicos radicais na Síria no final de setembro, “civis que vivem em Minbij (Aleppo) descreveram como os combatentes do Estado Islâmico começaram a se posicionar em casas e fazendas de civis”, informou o relatório de 20 páginas.

“Os ataques aéreos contra posições do Estado Islâmico levaram a algumas baixas civis”, acrescentou, sem oferecer uma estimativa.

Cerca de 200 mil pessoas já morreram no conflito, afirmou a ONU.

O Estado Islâmico aplica suas regras, baseadas em uma interpretação radical da lei islâmica, por meio da “polícia moral” conhecida como Al-Hisbah, que ordena açoitamentos e amputações “por delitos como fumar cigarros ou roubo”, explica o documento das Nações Unidas.

Crianças são pressionadas a delatar seus pais, mulheres são executadas por ter contatos com homens sem aprovação prévia e cristãos e outras minorias são obrigados a pagar impostos ou se converterem, segundo o relatório.

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