Com restrições, aeroporto de Heathrow perde posição de maior da Europa
Administração do terminal atribui a queda às rígidas restrições impostas pelo governo britânico, que ainda não introduziu sistema de testes para passageiros
Fabiane Stefano
Publicado em 28 de outubro de 2020 às 12h33.
Última atualização em 28 de outubro de 2020 às 12h58.
O aeroporto de Heathrow, em Londres, pertencente a um consórcio liderado pela gigante espanhola de infraestrutura Ferrovial, anunciou nesta quarta-feira que não é mais o maior da Europa em número de passageiros devido a restrições de viagem devido ao coronavírus.
"Pela primeira vez, o Paris Charles de Gaulle ultrapassou Heathrow como o maior aeroporto da Europa, seguido de perto por Amsterdam Schiphol e Frankfurt", disse o grupo do aeroporto em comunicado à bolsa de valores.
Heathrow relatou ter perdido vantagem comercial ao ser penalizado pelas quarentenas impostas pelo governo britânico a passageiros de diversos países e pela implantação em outros aeroportos do continente de testes covid-19 que não são aplicados no Reino Unido.
"Todos os três rivais continentais implementaram sistemas de teste. O governo britânico anunciou sua intenção de introduzir testes para passageiros de países de alto risco até 1º de dezembro para ajudar a relançar a economia do Reino Unido", afirmou.
Heathrow também reduziu suas previsões de demanda para este ano e no próximo devido à segunda onda do covid-19 e às restrições em curso. Agora espera transportar 22,6 milhões de passageiros em 2020 e 37,1 milhões em 2021, acima das previsões anteriores de 29,2 milhões e 62,8 milhões, respectivamente.
"A redução se deve à segunda onda de aversão e lentidão na introdução de testes pelo governo britânico para reabrir as fronteiras", acrescentou.