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Com o fim do julgamento de Trump, Washington tenta seguir em frente

O julgamento do Senado foi concluído no sábado com uma votação de 57 a 43 a favor de condenar o ex-presidente republicano, abaixo da maioria de dois terços necessária para fazê-lo

Trump: essa foi a primeira vez que o Senado julgou o impeachment de um presidente que já deixou o cargo (Carlos Barria/Reuters)

Trump: essa foi a primeira vez que o Senado julgou o impeachment de um presidente que já deixou o cargo (Carlos Barria/Reuters)

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Reuters

Publicado em 14 de fevereiro de 2021 às 14h55.

A absolvição do ex-presidente Donald Trump das acusações de ter incitado um ataque com vítimas ao capitólio deixou democratas e republicanos profundamente divididos neste domingo, embora Washington esteja disposto a seguir em frente com a agenda política do presidente democrata Joe Biden.

O julgamento do Senado foi concluído no sábado com uma votação de 57 a 43 a favor de condenar o ex-presidente republicano, abaixo da maioria de dois terços necessária para fazê-lo. Sete republicanos se juntaram aos 48 democratas e dois independentes do Senado a favor da condenação.

O julgamento deixou os parlamentares e o país que eles representam em um estado contínuo de discordância política. O prédio do Capitólio e a Casa Branca permanecem protegidos do público.

Biden pediu unidade para “curar esta guerra incivil e curar a própria alma da nossa nação”, dizendo que cada norte-americano tem o dever e a responsabilidade de defender a verdade.

“Este triste capítulo de nossa história nos lembrou que a democracia é frágil. Que precisa sempre ser defendida. Que precisamos ser vigilantes. A violência e o extremismo não tem lugar nos Estados Unidos”, afirmou, em um comunicado. “Esta é a tarefa que temos pela frente. E é uma tarefa que precisamos executar juntos. Como os Estados Unidos da América”.

Trump, embora tenha louvado a absolvição, chamou a tentativa de impeachment de mais uma “caça às bruxas”. A presidente da Câmara, Nancy Pelosi, chamou os republicanos que não apoiaram a condenação de “covardes”.

Biden, que assumiu o poder em 20 de janeiro, pediu unidade após a invasão de 6 de janeiro de apoiadores de Trump que deixou cinco pessoas mortas e forçou os parlamentares a evacuarem as câmaras do Congresso temendo pelas suas seguranças em meio ao processo de certificação dos resultados das eleições de novembro.

O fim do julgamento pode abrir espaço para as prioridades de Biden. O democrata quer passar uma lei de alívio da pandemia de 1,9 trilhão de dólares e confirmar o restante dos seus indicados ao ministério pelo Senado. Mas as discordâncias entre os parlamentares durante os procedimentos do impeachment devem permanecer.

“De maneira trágica, os republicanos do Senado que não votaram pela condenação escolheram abandonar a Constituição, o país e o povo norte-americano”, disse Pelosi.

Os senadores republicanos Richard Burr, Bill Cassidy, Susan Collins, Lisa Murkowski, Mitt Romney, Ben Sasse e Pat Toomey votaram pela condenação.

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