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Com medo do Brexit, manifestantes se reúnem na fronteira da Irlanda

A fronteira atualmente aberta de 500 quilômetros seria a única fronteira por terra do Reino Unido com a União Europeia depois do Brexit

Protestos: organizadores estimam que mais de 1.000 pessoas locais reuniram-se da vila de Bridgend (Clodagh Kilcoyne/Reuters)

Protestos: organizadores estimam que mais de 1.000 pessoas locais reuniram-se da vila de Bridgend (Clodagh Kilcoyne/Reuters)

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Reuters

Publicado em 30 de março de 2019 às 16h57.

Irlanda — Manifestantes contrários à saída do Reino Unido da União Europeia protestaram em seis diferentes pontos da fronteira entre a Irlanda do Norte e a Irlanda neste sábado, com medo de que haja novamente um controle aduaneiro que coloque em risco a paz, seus empregos e modo de vida.

A fronteira atualmente aberta de 500 quilômetros seria a única fronteira por terra do Reino Unido com a União Europeia depois do Brexit, e a questão de como mantê-la aberta tornou-se um grande ponto de discussão nas tentativas do país de deixar o bloco de uma maneira ordenada.

Organizadores estimam que mais de 1.000 pessoas locais reuniram-se da vila de Bridgend, no noroeste, a Carrickcarnon, na costa leste, dois dos mais de 200 pontos de passagem que mais de 30.000 pessoas cruzam todos os dias para trabalhar.

"As pessoas estão muito preocupadas, elas votaram para permanecer (na UE) aqui", disse John Sheridan, um fazendeiro do grupo Comunidades de Fronteira contra o Brexit, que liderou os protestos na vila de Belcoo, na fronteira da Irlanda do Norte. "Nós sentimos que vamos ser deixados para trás e ter uma fronteira imposta sobre nós".

O grupo também realizou uma vigília com velas acesas ao longo da fronteira na vila irlandesa de Kiltyclogher na sexta-feira, quando o Reino Unido deveria deixar a União Europeia. Entretanto, a saída foi adiada por pelo menos duas semanas.

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