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Colômbia vai propor corredor ecológico a Brasil e Venezuela

A Colômbia proporá a Brasil e Venezuela criar um "ambicioso" corredor ecológico para proteger um vasto território montanhoso e selvagem

Mulher colhe folhas na Amazônia colombiana (Mayela Lopez/AFP)

Mulher colhe folhas na Amazônia colombiana (Mayela Lopez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de fevereiro de 2015 às 18h16.

Bogotá - A Colômbia proporá a Brasil e Venezuela criar um "ambicioso" corredor ecológico para proteger um vasto território montanhoso e selvagem do norte da América do Sul e fazer um aporte "para deter as mudanças climáticas", afirmou nesta segunda-feira o presidente Juan Manuel Santos.

"É um corredor muito ambicioso, seria o maior do mundo, com 135 milhões de hectares, que o batizamos de corredor Triplo A, porque seria Andino, Amazonas e Atlântico, que iria dos Andes ao Atlântico, no Brasil, e teria que ser três países: Brasil, por certamente, um pouco de Venezuela e Colômbia", disse Santos ao programa de TV oficial Agenda Colômbia.

"Vamos propor criar este corredor ecológico para preservá-lo e como aporte da humanidade nesta discussão sobre as mudanças climáticas, de como deter as mudanças climáticas", acrescentou o presidente.

A partir desta semana, o ministro do Ambiente da Colômbia, Gabriel Vallejo, e a chanceler, María Ángela Holguín, começarão a dialogar com os governos de Brasil e Venezuela para buscar seu apoio à proposta.

O corredor ecológico seria formado em 62% do território de Brasil, 34% da Colômbia e 4% da Venezuela, informou Vallejo em uma entrevista publicada nesta segunda-feira no jornal El Tiempo.

Santos explicou que "se parece uma boa ideia aos outros países, (o objetivo) é fazer este aporte para a humanidade na cúpula das mudanças climáticas, a COP21, no final deste ano, em Paris".

"Nós, os colombianos, temos que fazer de tudo para que se possa deter a mudança climática porque seremos os primeiros a sofrer as consequências precisamente por nossa riqueza no campo da biodiversidade", reforçou o presidente.

Entre novembro e dezembro deste ano, os países do mundo se reunirão em Paris para buscar um acordo global para frear as mudanças climáticas.

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