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Colômbia suspende negociações de paz com rebeldes do ELN

O governo e o Exército de Libertação Nacional (ELN) estavam negociando desde fevereiro de 2017 para encerrar uma guerra de cinco décadas

ELN: Cinco policiais morreram e mais de 40 ficaram feridos em uma explosão na cidade portuária de Barranquilla (AFP/AFP)

ELN: Cinco policiais morreram e mais de 40 ficaram feridos em uma explosão na cidade portuária de Barranquilla (AFP/AFP)

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Reuters

Publicado em 29 de janeiro de 2018 às 16h49.

Bogotá - O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, suspendeu as conversações de paz com o grupo rebelde ELN, depois que uma série de atentados a bomba no fim de semana matou sete pessoas e deixou dezenas feridas.

O governo e o Exército de Libertação Nacional (ELN) estavam negociando desde fevereiro de 2017 para encerrar uma guerra de cinco décadas. Os rebeldes lançaram ataques a bomba em três instalações da polícia em todo o país no sábado e no domingo.

"Minha paciência e a paciência do povo colombiano têm seus limites e tomei a decisão de suspender o início do quinto ciclo de negociações programado para os próximos dias, até vermos a coerência entre as palavras do ELN e suas ações", disse Santos em um evento perto de Bogotá.

Cinco policiais morreram e mais de 40 ficaram feridos em uma explosão na cidade portuária de Barranquilla na manhã de sábado.

Mais dois agentes morreram e um ficou ferido pouco antes da meia-noite de sábado na província rural de Bolívar, e o terceiro ataque aconteceu apenas quatro horas depois na cidade de Soledad, deixando cinco policiais e um civil feridos.

"A autoria dessas terríveis ações está no comando do Exército de Libertação Nacional", disse mais cedo o ministro da Defesa, Luis Carlos Villegas, acrescentando que a violência coloca em dúvida se o grupo quer ou não paz.

O ELN e o governo têm realizado negociações formais de paz por quase um ano, e os dois lados concordaram em iniciar seu primeiro cessar-fogo em outubro.

Entretanto, a guerrilha lançou uma nova ofensiva quando o cessar-fogo chegou ao fim neste mês, matando membros das forças de segurança do país, explodindo grandes oleodutos e realizando um sequestro.

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