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Colômbia perde 17.192 hectares de vegetação em incêndios relacionados ao El Niño

Secas como consequência do aumento da temperatura provocaram mais de 340 incêndios, segundo a UNGRD

Helicópteros da polícia colombiana lançam água para combater incêndios florestais nas proximidades de Bogotá, em 24 de janeiro de 2024 (Agence France-Presse/AFP Photo)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 26 de janeiro de 2024 às 17h49.

Última atualização em 26 de janeiro de 2024 às 17h59.

Os incêndios florestais vinculados ao fenômeno El Niño consumiram 17.192 hectares desde novembro na Colômbia, que está em alerta por diversos focos ativos, informaram as autoridades nesta sexta-feira, 26.

As secas como consequência do aumento da temperatura provocaram mais de 340 incêndios, de acordo com os números divulgados pelo órgão estatal Unidade Nacional para a Gestão do Risco de Desastres (UNGRD).

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Desde a segunda-feira, a Colômbia luta contra vários focos que afetam florestas, ecossistemas montanhosos onde nascem os rios e montes nos arredores de Bogotá, onde as autoridades sugerem que as pessoas evitem sair às ruas pela má qualidade do ar.

Nesta sexta, a UNGRD contabilizou 34 incêndios ativos em todo o país.

Na capital, um dos focos ameaça atingir uma área residencial. O outro está "95%" controlado, segundo o prefeito Carlos Fernando Galán.

O mandatário desta cidade de 8 milhões de habitantes adiantou que vai avaliar durante o dia se os incêndios "chegam ao ponto" de obrigá-lo a "tomar decisões restritivas" à mobilidade dos cidadãos.

O presidente Gustavo Petro decretou situação de "desastre natural" desde a quarta-feira e destinou recursos econômicos para a emergência.

Petro também pediu ajuda aos países-membros das Nações Unidas para apagar as chamas. Estados Unidos, Peru, Chile e Canadá responderam a esse chamado, mas os esforços dessas nações ainda não chegaram à Colômbia.

O aeroporto internacional El Dorado de Bogotá normalizou nesta sexta-feira suas operações após as restrições de ontem que afetaram 138 voos.

Este mês "estaria se configurando" como o janeiro "mais quente" em 30 anos, segundo Ghisliane Echeverry, diretora do Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (Ideam).

A funcionária garante que fevereiro poderia ter temperaturas ainda mais altas e apenas em março as chuvas ajudariam a "atenuar" as consequências do calor extremo.

As autoridades investigam se incendiários estão por trás de algumas dessas emergências. Por "crimes relacionados com incêndios ", a polícia capturou 26 pessoas.

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