O ministro da Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón, disse em entrevista à rádio "Caracol" que a região provavelmente abriga a área base da frente 59 há muito tempo (Luis Acosta/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de maio de 2012 às 18h55.
Bogotá - Os governos da Colômbia e Venezuela aumentaram nesta terça-feira sua luta conjunta contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), com a militarização da fronteira de ambos os lados, onde buscam os guerrilheiros que na segunda-feira causaram a morte de 12 militares colombianos e depois retornaram a sua base no país vizinho.
A linha de fronteira mais setentrional colombo-venezuelana amanheceu tomada pelas forças de segurança dos dois países, que buscam cercar os membros da frente 59 das Farc com base na Venezuela, segundo as autoridades colombianas.
Essa foi a unidade atacada nesta segunda-feira por um pelotão do Exército da Colômbia que protegia as obras de reconstrução de uma torre de energia tombada pela guerrilha em uma zona rural do departamento colombiano da Camponesa, o que causou a morte de um oficial, um suboficial e dez soldados.
O ministro da Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón, disse em entrevista à rádio "Caracol" que a região provavelmente abriga a área base da frente 59 há muito tempo já, no estado venezuelano do Zulia, vizinho ao departamento colombiano de La Guajira.
Já o comandante do Exército colombiano, general Sergio Mantilla, afirmou que, segundo as informações manejadas por essa unidade, "saiu da Venezuela para atacar os uniformizados e posteriormente fugiu de novo rumo ao país vizinho".
Mantilla explicou que ele mesmo comprovou no local do ataque que o corpo de um dos soldados mortos se encontrava a apenas 150 metros dos marcos da fronteira.
O ministro Pinzón destacou depois, em declarações a jornalistas, a importância da coordenação bilateral entre Colômbia e Venezuela para "mobilizar tropas e executar operações militares nessa área".