Brasília - O governo do presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou a criação de um fundo nacional para incentivar as denúncias contra ações e guerrilheiros ligados às Forças Revolucionárias Colombianas (Farc) e o Exército da Libertação Nacional (ELN). A decisão foi anunciada depois de reunião de Santos com os integrantes do Conselho de Segurança Arauca Especial.

As informações são da Presidência da Colômbia. Com o fundo, as denúncias sobre os grupos guerrilheiros serão recompensadas com pagamentos em dinheiro. "Foi decidido criar um fundo e existirão recursos para promover a informação para auxiliar nas investigações sobre as acusações envolvendo os ilegais das Farc e do ELN", disse Santos.

De acordo com o presidente, com o fundo e a ação coordenada pelo governo será reforçada a “tarefa de desmantelar” os grupos organizados na Colômbia. Para Santos, uma das preocupações é com a fabricação de bombas. "Estão fazendo essas bombas e artefatos explosivos. Vamos continuar a perseguir esses militantes", disse ele.

Santos apelou ainda que sejam informadas sobre extorsões. Segundo ele, em 95% das denúncias há sucesso. "Por isso, é importante denunciar quando houver algum tipo de extorsão", disse o presidente.

De acordo com Santos, houve redução de crimes na região de Arauca, uma das mais atingidas na Colômbia. "Nós vamos continuar os esforços para manter essa trajetória positiva", ressaltou.

Na próxima segunda-feira (7), as Farc anunciaram que vão libertar cinco reféns mantidos sob poder da guerrilha. São dois políticos e três militares. Para a libertação dos reféns, houve um acordo entre os guerrilheiros e integrantes do governo.