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Coletes amarelos tomam ruas da França no 13° sábado seguido de protestos

Desde a primeira manifestação em 17 de novembro na qual participaram 287.710 pessoas, o movimento se transformou

Mulheres vestindo coletes amarelos (Femmes Gilets jaunes) protestam contra o governo francês e contra o aumento do preço do petróleo e a deterioração das condições econômicas perto da Place de la Bastille, em Paris, França (Mustafa Yalcin/Anadolu Agency/Getty Images)

Mulheres vestindo coletes amarelos (Femmes Gilets jaunes) protestam contra o governo francês e contra o aumento do preço do petróleo e a deterioração das condições econômicas perto da Place de la Bastille, em Paris, França (Mustafa Yalcin/Anadolu Agency/Getty Images)

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EFE

Publicado em 9 de fevereiro de 2019 às 10h36.

Paris, 9 fev (EFE).- Os "coletes amarelos" voltaram neste sábado a se manifestar nas ruas da França, no 13° sábado de mobilização em quase três meses depois do início dos protestos, após terem reunido na última concentração nacional aproximadamente 58,6 mil pessoas em todo país.

Desde a primeira manifestação em 17 de novembro na qual participaram 287.710 pessoas, o movimento se transformou e agora põe à prova sua resistência dividida entre os que buscam tomar uma forma política e os mais radicais, que dirigem suas críticas ao presidente, Emmanuel Macron.

Neste sábado, há protestos convocados nas principais cidades do país, começando por Paris, onde os "coletes" se reuniram pela manhã em torno do Arco do Triunfo.

Em outras cidades como Bordeaux, Marselha, Nice, Montpellier, Rouen e Caen há convocações ao longo de todo dia.

Enquanto os mais radicais rejeitam qualquer forma de representação política, os setores mais moderados seguem buscando a forma de se organizar diante das eleições europeias de maio.

Pelo menos quatro grupos que se autodenominam "coletes amarelos" manifestaram a intenção de se transformar em partido.

Éric Drouet, o rosto mais visível dos radicais, se apressou a desqualificá-los ao estimar que não representam o movimento.

"Têm toda a liberdade para concorrer a título pessoal, mas não com o nome dos coletes 'amarelos', por isso pedimos que retirem essa denominação", comentou à Agência Efe o caminhoneiro de 33 anos.

A promotora de uma destas listas para as próximas europeias, Ingrid Levavasseur, se reuniu nesta semana na Itália com o líder do Movimento 5 Estrelas (M5S), Luigi Di Maio, que mede uma possível aliança.

A aproximação provocou uma crise diplomática entre França e Itália que promete se agravar se Roma insistir em se pronunciar a favor deste movimento, que obrigou Macron a sair do Eliseu e tentar reconquistar o país em uma série de debates nacionais.

Por enquanto, segundo a última pesquisa de "YouGov" divulgada na quinta-feira, dois de cada três franceses seguem apoiando os "coletes amarelos" e opinam que a mobilização, a favor de uma melhoria do poder aquisitivo e das reformas para construir instituições mais representativas, é justificada. EFE

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