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Colégio Eleitoral dos EUA deve confirmar hoje a vitória de Trump

Em reuniões em todos os Estados e no distrito de Columbia, os 538 delegados vão depositar votos oficiais para presidente e vice-presidente

Donald Trump: é altamente improvável que a votação mude o resultado da eleição de 8 de novembro (Carlo Allegri/Reuters)

Donald Trump: é altamente improvável que a votação mude o resultado da eleição de 8 de novembro (Carlo Allegri/Reuters)

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Reuters

Publicado em 19 de dezembro de 2016 às 10h36.

Washington - O Colégio Eleitoral dos Estados Unidos deve escolher o republicano Donald Trump oficialmente como o próximo presidente do país nesta segunda-feira em uma votação que normalmente é mera rotina, mas que neste ano acontece em meio a alegações de que a Rússia realizou ataques cibernéticos para tentar influenciar a eleição.

Em reuniões marcadas em todos os Estados e no distrito de Columbia, os 538 eleitores do organismo, geralmente escolhidos pelos partidos nos Estados, irão depositar votos oficiais para presidente e vice-presidente.

É altamente improvável que a votação mude o resultado da eleição de 8 de novembro, que entregou a Casa Branca a Trump depois de este conquistar a maioria dos votos do Colégio Eleitoral. A democrata Hillary Clinton venceu a votação popular.

Mas a conclusão de agências de inteligência dos EUA de que a Rússia invadiu os emails do Comitê Nacional Democrata na tentativa de fazer a eleição pender para Trump levou os democratas a exortarem alguns membros do Colégio Eleitoral a não votarem de acordo com a escolha popular de seus Estados.

Os emails vazados revelaram detalhes de alguns dos discursos pagos de Hillary a Wall Street, desavenças dentro do partido e críticas internas sobre o uso que a candidata fez de um servidor de emails privado quando era secretária de Estado. As revelações provocaram reportagens constrangedoras e levaram algumas autoridades do partido a renunciar.

Trump e sua equipe rejeitam as alegações de inteligência sobre uma interferência russa, acusando os democratas e seus aliados de tentarem minar a legitimidade de sua vitória eleitoral.

As autoridades russas têm negado as acusações de interferência no pleito.

No domingo, o chefe de campanha de Hillary, John Podesta, disse que é uma questão em aberto saber se a campanha de Trump se mancomunou com a Rússia no tocante aos emails, uma alegação que o futuro chefe de gabinete de Trump, Reince Priebus, negou. Um grupo bipartidário de senadores pediu uma investigação de um comitê especial sobre os ciberataques da Rússia e de outros países.

O número de eleitores do Colégio Eleitoral é igual ao número de deputados e senadores do Congresso, e cada Estado tem uma cota aproximadamente proporcional ao tamanho de sua população.

Quando os eleitores vão depositar seus votos para presidente, eles na verdade estão escolhendo uma lista preferencial de um candidato presidencial para seu Estado.

O candidato precisa obter 270 votos para vencer --Trump conquistou 306 eleitores de 30 Estados.

Os eleitores organizam reuniões em cada Estado para depositar seus votos cerca de seis semanas depois da eleição presidencial.

Se nenhum candidato obtiver 270 votos no Colégio Eleitoral, o presidente é escolhido pela Câmara dos Deputados --atualmente controlada pelos republicanos.

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