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Coalizão internacional investiga bombardeio na Síria que matou civis

A coalizão diz que 1.114 civis morreram de maneira "não proposital" pelas mãos de suas unidades desde 2014

Província de Idib na Síria (Ammar Abdullah/Reuters)

Província de Idib na Síria (Ammar Abdullah/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de novembro de 2018 às 12h21.

Cairo - A coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos afirmou neste sábado que investiga o bombardeio que lhe foi atribuído ontem e que causou a morte de 26 civis, metade deles menores, na cidade de Hajin, na província oriental de Deir ez Zor e controlada pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

"Fomos informados de denúncias de bombardeios em Hajin, que apontam para a morte de civis (...) Este incidente está atualmente sob investigação", indicou à Agência Efe em um e-mail o departamento de imprensa da aliança antijihadista.

Além disso, afirmou que "como parte do estrito processo de planejamento para identificar os alvos do EI, tomamos medidas extraordinárias para evitar vítimas civis e levamos a sério todos os casos de vítimas civis".

A coalizão internacional bombardeou ontem a cidade de Hajin, uma das principais fortificações dos jihadistas na província síria de Deir ez Zor, o que causou a morte de 26 civis, entre eles 14 menores e nove mulheres, disse à Agência Efe o diretor do Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abderrahman.

Os mortos eram parentes de membros da organização terrorista e a maioria tinha nacionalidade iraquiana, especificou a ONG.

Em outro ataque cometido há dois dias pela coalizão contra a cidade de Al Shaafa, Abderrahman informou ontem que 4 menores e 3 mulheres morreram, todos parentes dos jihadistas e de nacionalidade iraquiana.

No entanto, em declarações à Agência Efe a aliança não fez referência a este ataque.

A coalizão anunciou em setembro que pelo menos 1.114 civis morreram de maneira "não proposital" pelas mãos de suas unidades desde 2014 na Síria e Iraque, quando a coalizão iniciou suas operações militares contra os extremistas em ambos países.

A operação militar da coalizão acontece em um momento no qual as Forças de Síria Democrática (FSD), uma aliança armada liderada principalmente por curdos e apoiada por Washington, se preparam para lançar uma nova fase da ofensiva contra os jihadistas, que ganharam terreno nessa zona desértica de Deir ez Zor, fronteiriça com o Iraque.

A ofensiva foi suspensa "temporariamente" há duas semanas pelas FSD depois que a Turquia atacou suas posições no norte da Síria, embora agora os EUA estejam tentando mediar para diminuir "a tensão" na zona.

Atualmente, os jihadistas dominam cerca de 3% do território sírio e têm presença nas províncias de Al Hasaka e Deir ez Zor, depois de perder o controle de outras sete províncias desde 2017.

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