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Coalizão árabe nega responsabilidade na morte de iemenitas

A Médicos Sem Fronteiras afirmou neste domingo que os bombardeios da coalizão árabe contra uma escola mataram 10 crianças e outras 28 ficaram feridas

Iêmen:  (Khaled Abdullah / Reuters)

Iêmen: (Khaled Abdullah / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2016 às 10h56.

A coalizão árabe que apoia as forças governamentais no conflito no Iêmen negou neste domingo ter bombardeado uma escola no norte do país e garantiu que sua única incursão da véspera teve como alvo um campo de treinamento dos rebeldes xiitas huthis.

"A aviação bombardeou (apenas) um campo de treinamento" dos rebeldes xiitas huthis na região de Saada, disse à AFP o general saudita Ahmed al Asiri, pouco após a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) informar sobre a morte de dez crianças no ataque aéreo contra uma escola.

Os rebeldes "utilizam as crianças como recrutas", acrescentou Al Asiri, desmentindo que uma escola fosse o alvo da coalizão dirigida pela Arábia Saudita.

A Médicos Sem Fronteiras afirmou neste domingo que os bombardeios da coalizão árabe contra uma escola mataram 10 crianças e outras 28 ficaram feridas. A Unicef confirmou o bombardeio aéreo contra esta escola do norte do Iêmen e a morte de várias crianças de 6 a 14 anos.

"Esperávamos que, em vez de ir chorar aos meios de comunicação, a MSF tomasse medidas para deter o recrutamento de crianças durante as guerras", disse o general Al Asiri.

O porta-voz militar reiterou que o alvo do ataque de sábado foi um grande campo de treinamento, e não uma escola corânica, cujo resultado foi a morte do responsável do campo Abu Yahya Abu Rabaa e de um número indeterminado de rebeldes xiitas huthis.

"Estivemos em contato com o governo iemenita" e "não há escolas neste setor, é o centro (de treinamento) Al Huda", afirmou o responsável saudita. "Nossa pergunta é a seguinte: O que crianças fazem ali?".

O general Al Asiri acusa os rebeldes de "recrutar crianças e de utilizá-las como exploradores, guardas, mensageiros e combatentes".

Mais de 6.400 pessoas morreram desde a explosão do conflito no Iêmen entre rebeldes xiitas huthis aliados ao ex-presidente Ali Abdullah Saleh e as forças leais ao governo do presidente Abd Rabo Mansur Hadi, apoiado pela coalizão árabe sunita dirigida pelos sauditas.

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