Mundo

Clérigos da Arábia Saudita se posicionam contra terrorismo

Declaração foi o ataque mais abrangente do clero conservador do reino feito até agora contra o radicalismo islâmico


	Arábia Saudita: país uniu-se a esforços internacionais para combater o grupo Estado Islâmico
 (Getty Images)

Arábia Saudita: país uniu-se a esforços internacionais para combater o grupo Estado Islâmico (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 10h12.

Riad - O principal conselho clerical da Arábia Saudita, a única instância no país autorizada a emitir fatwas (pareceres legais islâmicos), declarou nesta quarta-feira que o “terrorismo é um crime hediondo” sob a Sharia, e os perpetradores devem ser usados de exemplo.

A declaração, dias após a Arábia Saudita e outros Estados árabes terem se comprometido, em Jidá, a combater a ideologia militante, foi o ataque mais abrangente do clero conservador do reino feito até agora contra o radicalismo islâmico e o grupo Estado Islâmico.

No comunicado divulgado pela imprensa estatal não foi especificado quais seriam as punições, mas o conselho disse que elas devem ter poder para deter o radicalismo.

A Arábia Saudita aplica a pena de morte, geralmente por decapitação pública, para muitos crimes considerados graves.

Assinado por todos os 21 membros do conselho e citando extensivamente o Alcorão e ditos do profeta Maomé, o comunicado também proíbe o financiamento a militantes ou o encorajamento de jovens para atos de militância.

A nota salienta que pessoas que emitiram fatwas ou outras opiniões que “justificam o terrorismo” não tinham autoridade para isso e estavam sob as “ordens de Satanás”.

A Arábia Saudita uniu-se a esforços internacionais encabeçados pelos EUA para combater o grupo Estado Islâmico no Iraque e na Síria, e também atua em conjunto com Washington no combate contra a al Qaeda.

Acompanhe tudo sobre:Arábia SauditaIslamismoTerrorismo

Mais de Mundo

Kamala e Trump dizem que estão prontos para debate e Fox News propõe programa extra

Eleições nos EUA: como interpretar as pesquisas entre Kamala e Trump desta semana?

Eventual governo de Kamala seria de continuidade na política econômica dos EUA, diz Yellen

Maduro pede voto de indecisos enquanto rival promete 'não perseguir ninguém' se for eleito

Mais na Exame