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Clérigo que ensinou agressor de Londres elogia "coragem"

Omar Bakri, fundador do grupo islâmico britânico banido Al Muhajiroun, disse que os muçulmanos o consideram um ataque contra um alvo militar

Clérigo islâmico Omar Bakri, fundador do grupo islâmico britânico banido Al Muhajiroun, durante entrevista com a Reuters em Tripoli, no norte do Líbano (Stringer/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2013 às 09h43.

Trípoli - Um clérigo islâmico nascido na Síria, que ensinou um dos agressores acusados ​​de matar um soldado britânico em uma rua de Londres, elogiou o ataque por sua "coragem" e disse que os muçulmanos o consideram um ataque contra um alvo militar.

Em entrevista em Trípoli, no norte do Líbano, onde mora desde que foi banido da Grã-Bretanha em 2005, Omar Bakri, fundador do grupo islâmico britânico banido Al Muhajiroun, disse à Reuters que conhecia o suspeito Michael Adebolajo há uma década.

"Quando eu vi as imagens, reconheci o rosto imediatamente", disse Bakri à Reuters. "Eu conhecia ele. Um homem quieto, muito tímido, fazendo um monte de perguntas sobre o islã." "O que me surpreendeu é que o homem tranquilo, o homem muito tímido, decidiu realizar um ataque contra um soldado britânico no meio do dia, no meio de uma rua no Reino Unido. No leste de Londres. É incrível", disse.

"Quando eu vi, honestamente, fiquei muito surpreso... Firme de pé, corajoso, valente. Sem fugir. Ao contrário, ele disse por que fez (o ataque) e queria que o mundo inteiro ouvisse", acrescentou.

O ataque foi veementemente condenado por organizações muçulmanas na Grã-Bretanha.


Adebolajo, de 28 anos, nascido britânico de uma família imigrante nigeriana católica, ganhou o apelido Mujahid --guerreiro-- depois de converter-se ao islã na adolescência em um subúrbio na periferia nordeste de Londres.

Ele foi filmado com as mãos ainda cobertas de sangue após matar a facadas o soldado Lee Rigby, de 25 anos, que serviu no Afeganistão. Segurando uma faca e um cutelo, ele disse que o assassinato era uma vingança pela participação britânica nas guerras em países estrangeiros.

Ele e um segundo agressor armado com uma faca, o nigeriano naturalizado britânico Michael Adebowale, de 22 anos, estão no hospital após terem sido baleados pela polícia durante sua captura. Eles ainda serão formalmente acusados. A polícia também prendeu outro homem e uma mulher sob suspeita de conspiração para o assassinato.

Bakri disse que sua organização Al Muhajiroun não tem qualquer ligação com o ataque, uma vez que eles não viam Adebolajo desde 2005. No entanto, Anjem Choudary, que assumiu a liderança da Al Muhajiroun quando Bakri foi expulso da Grã-Bretanha, disse à Reuters que Adebolajo participou de eventos do grupo até cerca de dois anos atrás.

"Eu acho que Michael, ou Mujahid, vai ter o que Deus destinou para ele", disse Bakri, falando em inglês. "Deus destinou a ele realizar o ataque e Deus destinou ao soldado britânico morrer pela causa que ele acreditava."

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Trípoli - Um clérigo islâmico nascido na Síria, que ensinou um dos agressores acusados ​​de matar um soldado britânico em uma rua de Londres, elogiou o ataque por sua "coragem" e disse que os muçulmanos o consideram um ataque contra um alvo militar.

Em entrevista em Trípoli, no norte do Líbano, onde mora desde que foi banido da Grã-Bretanha em 2005, Omar Bakri, fundador do grupo islâmico britânico banido Al Muhajiroun, disse à Reuters que conhecia o suspeito Michael Adebolajo há uma década.

"Quando eu vi as imagens, reconheci o rosto imediatamente", disse Bakri à Reuters. "Eu conhecia ele. Um homem quieto, muito tímido, fazendo um monte de perguntas sobre o islã." "O que me surpreendeu é que o homem tranquilo, o homem muito tímido, decidiu realizar um ataque contra um soldado britânico no meio do dia, no meio de uma rua no Reino Unido. No leste de Londres. É incrível", disse.

"Quando eu vi, honestamente, fiquei muito surpreso... Firme de pé, corajoso, valente. Sem fugir. Ao contrário, ele disse por que fez (o ataque) e queria que o mundo inteiro ouvisse", acrescentou.

O ataque foi veementemente condenado por organizações muçulmanas na Grã-Bretanha.


Adebolajo, de 28 anos, nascido britânico de uma família imigrante nigeriana católica, ganhou o apelido Mujahid --guerreiro-- depois de converter-se ao islã na adolescência em um subúrbio na periferia nordeste de Londres.

Ele foi filmado com as mãos ainda cobertas de sangue após matar a facadas o soldado Lee Rigby, de 25 anos, que serviu no Afeganistão. Segurando uma faca e um cutelo, ele disse que o assassinato era uma vingança pela participação britânica nas guerras em países estrangeiros.

Ele e um segundo agressor armado com uma faca, o nigeriano naturalizado britânico Michael Adebowale, de 22 anos, estão no hospital após terem sido baleados pela polícia durante sua captura. Eles ainda serão formalmente acusados. A polícia também prendeu outro homem e uma mulher sob suspeita de conspiração para o assassinato.

Bakri disse que sua organização Al Muhajiroun não tem qualquer ligação com o ataque, uma vez que eles não viam Adebolajo desde 2005. No entanto, Anjem Choudary, que assumiu a liderança da Al Muhajiroun quando Bakri foi expulso da Grã-Bretanha, disse à Reuters que Adebolajo participou de eventos do grupo até cerca de dois anos atrás.

"Eu acho que Michael, ou Mujahid, vai ter o que Deus destinou para ele", disse Bakri, falando em inglês. "Deus destinou a ele realizar o ataque e Deus destinou ao soldado britânico morrer pela causa que ele acreditava."

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