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Potências se reúnem para negociar resolução para Síria

Diplomatas do Conselho de Segurança iniciaram negociações para discutir uma resolução sobre a erradicação das armas químicas da Síria


	Especialista em armas químicas da ONU em um dos locais do suposto ataque com armas químicas nos subúrbios de Damasco, na Síria
 (Bassam Khabieh/Reuters)

Especialista em armas químicas da ONU em um dos locais do suposto ataque com armas químicas nos subúrbios de Damasco, na Síria (Bassam Khabieh/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2013 às 17h59.

Nações Unidas - Diplomatas de Estados Unidos, Rússia, Grã-Bretanha, França e China iniciaram negociações nesta terça-feira para discutir uma resolução proposta pelo Ocidente sobre a erradicação das armas químicas da Síria, em linha com um acordo fechado entre EUA e Rússia no fim de semana.

A conversa inicial de quase uma hora terminou com um acordo para uma nova reunião na quarta-feira, disseram diplomatas.

A reunião desta terça-feira aconteceu um dia depois que investigadores da Organização das Nações Unidas confirmaram a utilização do agente nervoso sarin em um ataque de 21 de agosto com gás venenoso nos arredores da capital síria. EUA, Grã-Bretanha e França disseram que o relatório da ONU provou, sem qualquer dúvida, a culpa das forças do governo sírio​.

A porta-voz da missão dos EUA na ONU, Erin Pelton, afirmou que os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, conhecido como "P5", discutiram um projeto conjunto de EUA, Grã-Bretanha e França, mas se recusou a dar detalhes.

"A fim de respeitar a integridade dessas negociações, não vamos fornecer detalhes da reunião de hoje ou do projeto de resolução", disse ela.

O embaixador britânico na ONU, Mark Lyall Grant, disse à Reuters que os cinco países vão realizar mais consultas em breve. "O P5 teve uma discussão sobre o texto, mas vamos nos reunir de novo", declarou ele, depois que o encontro na missão dos EUA terminou.

O embaixador russo, Vitaly Churkin, também se recusou a comentar detalhes, dizendo: "Eu não tenho nenhuma reação inicial" para o projeto de resolução ocidental.


"Estamos fazendo uma coisa muito importante", afirmou Churkin à Reuters. "Nós demos origem a uma proposta muito importante e esperamos que seja implementada sem qualquer interferência." A resolução se destina a apoiar um acordo russo-americano, alcançado em Genebra no sábado, que exige que a Síria apresente uma lista de suas armas químicas dentro de uma semana e que todo o arsenal seja removido e destruído até meados de 2014.

O acordo foi aprovado depois que o presidente dos EUA, Barack Obama, ameaçou lançar ataques aéreos contra a Síria por causa do ataque de 21 de agosto com gás venenoso. Síria e Rússia culpam os rebeldes sírios pelo ataque com sarin, que matou centenas de pessoas.

Diplomatas da ONU disseram à Reuters que ainda não está claro quando a votação de uma resolução do Conselho de Segurança deverá acontecer.

Antes que qualquer projeto de resolução seja colocado em votação no Conselho de Segurança de 15 nações, disseram diplomatas, o conselho executivo da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPCW, na sigla em inglês), em Haia, terá que aprovar uma decisão que estabelece procedimentos especiais para lidar com armas químicas da Síria.

Diplomatas em Nova York afirmaram que a decisão da OPCW era esperada para, no mínimo, sexta-feira. Isso significa que uma votação do conselho é possível durante o próximo fim de semana, segundo eles.

A Rússia, apoiada pela China, vetou três resoluções do conselho desde outubro de 2011 que teriam condenado o governo sírio e o ameaçado com sanções.

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