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Cidades na fronteira com México são mais seguras que metrópoles

Em 2016, as cidades fronteiriças de Brownsville e McAllen (ambas no Texas) registraram taxas de crimes quase 90% inferiores que Detroit

México: o FBI registrou 17.250 assassinatos nos Estados Unidos durante 2016 (Justin Sullivan/Getty Images)

México: o FBI registrou 17.250 assassinatos nos Estados Unidos durante 2016 (Justin Sullivan/Getty Images)

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EFE

Publicado em 27 de setembro de 2017 às 21h24.

Austin - As cidades dos Estados Unidos que fazem fronteira com o México são mais seguras que muitas grandes metrópoles da nação, como Washington DC, Detroit (Michigan) e Chicago (Illinois), segundo dados do FBI (polícia federal americana).

O escritório do congressista federal pelo Texas, Henry Cuéllar, destacou hoje que os dados de um estudo do FBI mostram que as cidades da fronteira sul têm índices de criminalidade "significativamente" mais baixos que as maiores cidades do país, o que "contradiz" a retórica do governo do presidente Donald Trump.

Em 2016, as cidades fronteiriças de Brownsville e McAllen (ambas no Texas) registraram taxas de crimes quase 90% inferiores que Detroit, 80% abaixo de Washington DC e Houston (Texas), e menos da metade dos crimes ocorridos nas texanas Dallas e San Antonio, detalhou o escritório de Cuéllar em um comunicado.

Por outro lado, as taxas de homicídio em Chicago e Washington DC são mais de dez vezes superiores aos dados registrados nas cidades fronteiriças de El Paso, Browsnville e McAllen.

O registro de assassinatos em Detroit, a cidade com a taxa de homicídios mais alta do país, é 20 vezes maior que o destas localidades situadas ao longo da fronteira com o México.

"Uma vez mais, quando nos fixamos nas cifras reais, vemos que algumas das cidades mais seguras nos Estados Unidos estão na fronteira com o México, enquanto muitas pessoas seguem descrevendo erroneamente a região do sul como insegura pela violência das quadrilhas", comentou Cuéllar.

O representante do distrito de Laredo (Texas) disse que estes números devem fazer com que as pessoas reformulem o que ouviram sobre esta região do país nos últimos meses.

"Esta desinformação prejudica nossa economia local e faz com que seja difícil atrair talento e trabalhadores qualificados e fomentar o investimento", lamentou.

O FBI registrou 17.250 assassinatos nos Estados Unidos durante 2016, o que representa um aumento de 8,6% em relação ao ano anterior e mostra um forte aumento da criminalidade.

No entanto, as estatísticas nestas cidades fronteiriças se mantiveram similares às registradas no ano anterior.

Estas foram as primeiras estatísticas de criminalidade que o FBI publicou durante o governo Trump, que, no momento de jurar seu cargo como presidente, no último dia 20 de janeiro, considerou que as cidades dos Estados Unidos estavam sofrendo uma "carnificina" e prometeu solucioná-la.

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