No total, 35 dos 54 reatores nucleares do Japão permanecem paralisados após o acidente nuclear de Fukushima, em março deste ano (Divulgação/Tepco)
Da Redação
Publicado em 7 de julho de 2011 às 05h52.
Tóquio - O prefeito da cidade japonesa de Genkai, a primeira a apoiar a reativação de seus reatores nucleares após o desastre de 11 de março, decidiu voltar atrás um dia depois de o Governo ter anunciado testes de resistência em todas as centrais do país.
A agência "Kyodo" informou que o prefeito de Genkai, Hideo Kishimoto, decidiu suspender a autorização que tinha dado há três dias para ativar dois dos reatores da central, paralisados desde o inverno (no Hemisfério Norte) para uma inspeção de rotina.
Pela previsão, os reatores voltariam à atividade após a inspeção, mas o acidente nuclear em Fukushima, gerado pelo tsunami de março, adiou sua reativação por prazo indefinido.
A mudança de postura de Genkai aconteceu apenas um dia depois de o Governo ter anunciado que todas as usinas nucleares do Japão serão submetidas a novos testes, mas sem oferecer detalhes nem datas.
O anúncio provocou a preocupação do governador da província de Saga (na qual se encontra Genkai), Yasushi Furukawa, que expressou nesta quinta-feira estranheza pela proposta, "depois que o Ministério da Indústria disse que todas as usinas do Japão são seguras".
Furukawa, cuja autorização também é necessária para reativar os reatores de Genkai, pediu ao Governo uma política mais clara com relação às usinas nucleares.
A companhia Kyushu Electric Power, operadora da central, esperava que o governador desse seu sinal verde para a reabertura da usina ainda em julho, o que lhe permitiria empreender as operações comerciais cerca de duas semanas depois.
No total, 35 dos 54 reatores nucleares do Japão permanecem paralisados após o acidente nuclear de Fukushima, o que gerou uma situação de escassez energética que o país tenta compensar com medidas de economia.