Cidade controlada por ativistas pró-Rússia pede intervenção
O prefeito autoproclamado de Slaviansk pediu ao presidente russo Vladimir Putin o envio de tropas para proteger a população local após um tiroteio mortal hoje
Da Redação
Publicado em 20 de abril de 2014 às 13h24.
O prefeito autoproclamado da cidade ucraniana de Slaviansk, leste da Ucrânia , controlada por separatistas pró-Rússia, pediu ao presidente russo, Vladimir Putin , o envio de tropas russas para proteger a população local após um tiroteio mortal no domingo da Páscoa.
"Pedimos que examine o mais rápido possível a possibilidade de enviar forças de manutenção da paz para defender a população dos fascistas", declarou o dirigente, Viacheslav Ponomariov, à imprensa.
Ponomariov também decretou um toque de recolher na cidade, controlada por ativistas pró-Moscou há mais de uma semana.
Na localidade de Bilbasivka, 18 km ao oeste de Slaviansk, um tiroteio em um posto de controle terminou com cinco mortos, segundo Ponomariov: três militantes pró-Rússia e dois atiradores.
"Quatro carros se aproximaram de nosso posto de controle. Quando tentamos pará-los, abriram fogo com armas automáticas", disse à AFP um militante pró-Rússia.
"Agora temos que nos armar para nossa defesa. Não confiamos mais em ninguém", disse Yevgueni Bondarenko, um aposentado de 62 anos.
Ele disse que os atiradores pertenciam ao grupo nacionalista paramilitar ucraniano Pravy Sektor.
Moscou reagiu ao incidente, que também atribuiu ao grupo nacionalista paramilitar ucraniano Pravy Sektor e que aconteceu três dias depois da assinatura de um acordo em Genebra entre russos, ucranianos e os países ocidentais com o objetivo de reduzir a tensão.
"A Rússia está indignada com esta provocação, que mostra a falta de boa vontade das autoridades de Kiev para desarmar os nacionalistas", afirma um comunicado do ministério das Relações Exteriores.
O Pravy Sektor denunciou "a propaganda russa, que é pior que a da Alemanha nazista" e ironizou sobre os cartões de visita de seu líder supostamente encontrados perto do local do incidente.
O ministro ucraniano do Interior, Arsen Avakov, visitou o leste do país para inspecionar as tropas da Guarda Nacional mobilizadas na região para lutar contra os separatistas.
Páscoa com tensão
Em Slaviansk, os militantes pró-Rússia controlam a prefeitura, o edifício da polícia e a sede local dos serviços de inteligência há mais de uma semana.
Os ativistas locais contam com o respaldo de homens armados apresentados como grupos de autodefesa. Kiev e os países ocidentais afirmam que os grupos são tropas de elite dos serviços especiais do exército russo.
Os ocidentais acusam Moscou de ter mobilizado 40.000 soldados na fronteira com a Ucrânia. O Kremlin, por sua parte, nega qualquer projeto de invasão do leste ucraniano, apesar do presidente Putin ter recebido autorização do Parlamento para atuar na Ucrânia.
"Não sei quais são os planos russos. Podem utilizar a qualquer momento o pretexto de 'proteger os habitantes de origem russa' assim como na Crimeia", declarou o chefe da diplomacia ucraniana, Andrei Deshchitsia.
Em sua mensagem de Páscoa ao povo ucraniano, o patriarca de Kiev, Filaret, principal autoridade da Igreja ortodoxa ucraniana, que se separou da russa após a queda da União Soviética, condenou a "agressão" do país vizinho e disse que Deus ajudaria a "ressuscitar a Ucrânia".
Em Moscou, o patriarca russo Kirill pediu orações para que ninguém possa destruir a "Santa Rússia" e fez uma menção especial aos russos da Ucrânia.
Na mensagem de Páscoa, o papa Francisco pediu "iniciativas de paz a todas as partes interessadas" na crise ucraniana e pediu à comunidade internacional que impeça a violência no país.
Assim como os ativistas pró-Rússia de Donetsk, que ocupam a sede da administração regional, estes homens não respeitam o acordo assinado quinta-feira em Genebra, que prevê o desarmamento e a desocupação dos prédios públicos.
O governo dos Estados Unidos aumentou a pressão sobre a Rússia para que obrigue os separatistas a abandonar os prédios públicos.
O prefeito autoproclamado da cidade ucraniana de Slaviansk, leste da Ucrânia , controlada por separatistas pró-Rússia, pediu ao presidente russo, Vladimir Putin , o envio de tropas russas para proteger a população local após um tiroteio mortal no domingo da Páscoa.
"Pedimos que examine o mais rápido possível a possibilidade de enviar forças de manutenção da paz para defender a população dos fascistas", declarou o dirigente, Viacheslav Ponomariov, à imprensa.
Ponomariov também decretou um toque de recolher na cidade, controlada por ativistas pró-Moscou há mais de uma semana.
Na localidade de Bilbasivka, 18 km ao oeste de Slaviansk, um tiroteio em um posto de controle terminou com cinco mortos, segundo Ponomariov: três militantes pró-Rússia e dois atiradores.
"Quatro carros se aproximaram de nosso posto de controle. Quando tentamos pará-los, abriram fogo com armas automáticas", disse à AFP um militante pró-Rússia.
"Agora temos que nos armar para nossa defesa. Não confiamos mais em ninguém", disse Yevgueni Bondarenko, um aposentado de 62 anos.
Ele disse que os atiradores pertenciam ao grupo nacionalista paramilitar ucraniano Pravy Sektor.
Moscou reagiu ao incidente, que também atribuiu ao grupo nacionalista paramilitar ucraniano Pravy Sektor e que aconteceu três dias depois da assinatura de um acordo em Genebra entre russos, ucranianos e os países ocidentais com o objetivo de reduzir a tensão.
"A Rússia está indignada com esta provocação, que mostra a falta de boa vontade das autoridades de Kiev para desarmar os nacionalistas", afirma um comunicado do ministério das Relações Exteriores.
O Pravy Sektor denunciou "a propaganda russa, que é pior que a da Alemanha nazista" e ironizou sobre os cartões de visita de seu líder supostamente encontrados perto do local do incidente.
O ministro ucraniano do Interior, Arsen Avakov, visitou o leste do país para inspecionar as tropas da Guarda Nacional mobilizadas na região para lutar contra os separatistas.
Páscoa com tensão
Em Slaviansk, os militantes pró-Rússia controlam a prefeitura, o edifício da polícia e a sede local dos serviços de inteligência há mais de uma semana.
Os ativistas locais contam com o respaldo de homens armados apresentados como grupos de autodefesa. Kiev e os países ocidentais afirmam que os grupos são tropas de elite dos serviços especiais do exército russo.
Os ocidentais acusam Moscou de ter mobilizado 40.000 soldados na fronteira com a Ucrânia. O Kremlin, por sua parte, nega qualquer projeto de invasão do leste ucraniano, apesar do presidente Putin ter recebido autorização do Parlamento para atuar na Ucrânia.
"Não sei quais são os planos russos. Podem utilizar a qualquer momento o pretexto de 'proteger os habitantes de origem russa' assim como na Crimeia", declarou o chefe da diplomacia ucraniana, Andrei Deshchitsia.
Em sua mensagem de Páscoa ao povo ucraniano, o patriarca de Kiev, Filaret, principal autoridade da Igreja ortodoxa ucraniana, que se separou da russa após a queda da União Soviética, condenou a "agressão" do país vizinho e disse que Deus ajudaria a "ressuscitar a Ucrânia".
Em Moscou, o patriarca russo Kirill pediu orações para que ninguém possa destruir a "Santa Rússia" e fez uma menção especial aos russos da Ucrânia.
Na mensagem de Páscoa, o papa Francisco pediu "iniciativas de paz a todas as partes interessadas" na crise ucraniana e pediu à comunidade internacional que impeça a violência no país.
Assim como os ativistas pró-Rússia de Donetsk, que ocupam a sede da administração regional, estes homens não respeitam o acordo assinado quinta-feira em Genebra, que prevê o desarmamento e a desocupação dos prédios públicos.
O governo dos Estados Unidos aumentou a pressão sobre a Rússia para que obrigue os separatistas a abandonar os prédios públicos.