CIA diz estar por trás de algumas das sanções dos EUA à Venezuela
De acordo com o diretor da CIA, Trump tinha especial interesse em saber as relações do governo de Maduro com as Forças Armadas da Venezuela
EFE
Publicado em 23 de janeiro de 2018 às 18h34.
Washington - O diretor da Agência Central de Inteligência dos Estados Unidos (CIA), Mike Pompeu, reconheceu nesta terça-feira que os serviços de espionagem americanos foram responsáveis por algumas das sanções aplicadas nos últimos meses contra o governo do presidente da Venezuela , Nicolás Maduro.
Durante um evento no American Enterprise Institute, em Washington, o moderador de uma conversa com o Pompeo pediu que ele citasse algumas situações que chamaram a atenção do presidente dos EUA, Donald Trump, nos relatórios elaborados pela CIA.
Pompeo não hesitou em usar o exemplo da Venezuela como um dos assuntos que Trump pediu mais informações.
"O presidente não estava satisfeito com a descrição da situação que tínhamos apresentado. Queria mais clareza em relação a alguns assuntos financeiros, como quem tinha o dinheiro", revelou.
De acordo com o diretor da CIA, Trump tinha especial interesse em saber as relações do governo de Maduro com as Forças Armadas da Venezuela. O presidente queria ter uma imagem mais completa da situação, por isso a agência elaborou uma série de relatórios.
"A segunda ou terceira rodada de sanções obedecia às nossas recomendações", reconheceu Pompeo.
Desde que chegou à Casa Branca, Trump intensificou a pressão sobre o governo da Venezuela com várias sanções econômicas individuais contra membros do Executivo de Maduro.