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Chuvas torrenciais fecham aeroportos e matam ao menos 4 pessoas na Espanha

Este é o segundo dia de chuvas fortes no sul da Espanha; além de dois aeroportos, estradas e redes ferroviárias foram fechados

Espanha: autoridades recomendaram que os moradores de áreas afetadas fiquem em casa e evitem sair de carro (Juan Manuel Garcia Fernandez/REUTERS TV/Reuters)

Espanha: autoridades recomendaram que os moradores de áreas afetadas fiquem em casa e evitem sair de carro (Juan Manuel Garcia Fernandez/REUTERS TV/Reuters)

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AFP

Publicado em 13 de setembro de 2019 às 10h24.

Última atualização em 13 de setembro de 2019 às 14h04.

Quatro pessoas morreram afogadas desde quinta-feira no sudeste da Espanha, região atingida por fortes chuvas e inundações que forçaram milhares a deixar suas casas nesta sexta-feira e perturbavam o transporte aéreo e ferroviário.

A última vítima fatal, na província de Granada (Andaluzia), é um homem de 36 anos que dirigia um carro. Seu corpo foi localizado fora do veículo pelo helicóptero dos bombeiros, informou o serviço de emergência.

Horas antes, outro homem, de "meia idade" de acordo com os serviços de emergência, afogou-se quando seu veículo ficou preso em um túnel alagado na cidade andaluza de Almeria, informou a prefeitura.

Um policial conseguiu salvar duas outras pessoas que estavam no veículo, mas o outro ocupante permaneceu no carro, explicou o prefeito de Almeria, Ramón Fernández-Pacheco, na rádio Cadena Ser.

Na quinta-feira, um homem de 61 anos e sua irmã, de 51, morreram em Caudete, na região de Castilla-La Mancha, quando seu veículo foi arrastado numa enchente.

Nos últimos dias, grandes áreas do sudeste da Espanha sofreram com fortes chuvas, que causaram inundações e transbordamento de rios.

Na cidade de Redován (8.000 habitantes), na província de Alicante, a água chegava aos joelhos nesta sexta-feira e muitos moradores limpavam suas casas inundadas, constatou um fotógrafo da AFP.

No total, mais de 3.500 habitantes tiveram que deixar suas casas nas áreas afetadas, segundo o ministério do Interior.

Cerca de 3.000 agentes das forças de segurança, incluindo policiais, bombeiros e soldados da Unidade de Emergência, estão mobilizados, de acordo com o ministro do Interior Fernando Grande-Marlaska, que falou de uma "situação dramática".

Grande-Marlaska e o ministro da Cultura José Guirao, natural de Almería, planejam visitar a região nesta sexta.

Nas imagens transmitidas pelas televisões locais, era possível ver ruas transformadas em rios de água marrom que arrastavam carros e salva-vidas pilotando jet ski para acessar o túnel inundado de uma rodovia.

As infraestruturas da área também foram afetadas. O aeroporto de Almeria fechou por várias horas nesta sexta-feira, forçando dois voos a serem cancelados e outros dois desviados para o aeroporto de Málaga, segundo a operadora AENA.

O aeroporto de Múrcia ficará fechado o dia todo, enquanto 22 voos que chegariam ao aeroporto de Palma, na ilha turística de Maiorca, foram desviados para outros aeroportos espanhóis, informou AENA.

Além disso, várias rotas de trem foram suspensas em Valência e Múrcia, informou a operadora estatal Renfe.

"A situação ainda é muito crítica. Peço que ninguém saia de casa", disse o presidente regional de Murcia, Fernando López-Miras, à televisão pública.

Muitas escolas suspenderam suas aulas em Murcia, Almeria e na região de Valência, disseram as autoridades.

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