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China vai processar americana ConocoPhillips por vazamento

O órgão estatal chinês também pode abrir processo contra a estatal CNOOC, sócia da petrolífera americana nas jazidas onde ocorreram os acidentes

As duas empresas demoraram quase um mês para informar sobre os vazamentos e deram, a princípio, números de superfície afetada inferior ao real (Getty Images)

As duas empresas demoraram quase um mês para informar sobre os vazamentos e deram, a princípio, números de superfície afetada inferior ao real (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2013 às 12h00.

Pequim - A Administração Oceânica Estatal (SOA), órgão do Governo chinês que regula as águas territoriais, anunciou nesta terça-feira em comunicado que levará aos tribunais a petrolífera norte-americana ConocoPhillips pelos vazamentos que desde junho atingem a baía de Bohai, no Mar Amarelo (costa norte do país).

No comunicado, a SOA desmentiu as informações da imprensa econômica chinesa que indicava que Pequim pediria à companhia indenização de US$ 15 milhões, o valor da compensação ainda está em discussão.

O órgão estatal chinês garante que levará aos tribunais todas as "companhias responsáveis", o que abre a possibilidade de processo contra a estatal CNOOC, sócia da ConocoPhillips nas jazidas onde ocorreram os acidentes.

Nas últimas semanas, a SOA atribuiu a ConocoPhillips a responsabilidade pelas obras de limpeza e contenção do vazamento e porta-vozes da administração contatados pela Agência Efe se negaram a dar informações a respeito.

As jazidas onde ocorreram os vazamentos são propriedade conjunta da estatal chinesa CNOOC (que possui 51% das ações) e da ConocoPhillips (os 49% restantes), mas é a americana que opera as plataformas.

As duas empresas estão sendo muito criticadas desde junho, por terem demorado quase um mês a informar sobre os vazamentos e terem dado em princípio números de superfície afetada inferior ao real (a estimativa é que 2,5 mil barris de petróleo tenham sido lançados ao mar).

Nesta semana, a ConocoPhillips reconheceu as dificuldades para conter os vazamentos ocorridos no fundo das duas plataformas da jazida Penglai, que passados mais de dois meses dos primeiros vazamentos ainda continua derramando petróleo.

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