China testa porta-aviões, motivo de preocupação para vizinhos
A ação pode provocar receio internacional quanto à rápida expansão militar do país
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2011 às 13h41.
Pequim - O primeiro porta-aviões chinês zarpou nesta quarta-feira de um porto do nordeste do país para iniciar testes, uma ação que poderá provocar receio internacional quanto à rápida expansão militar do país.
O porta-aviões, de 300 metros de comprimento, foi construído inicialmente para a Marinha soviética, mas teve sua conclusão interrompida em 1991, devido ao fim da União Soviética.
Esta primeira saída ao mar, anunciada através de uma breve nota da agência de notícias Xinhua, foi feito em total sigilo.
No mês passado, a China anunciou que o porta-aviões seria empregado para "investigação científica, experiências e treinamento", aparentemente preocupada com a imagem bélica refletida.
"O 'Varyag' será primeiro submetido a inúmeros testes e servirá para exercícios de treinamento de sua esquadrilha aérea, mas o navio está praticamente pronto para missões de combate", explicou à AFP Rick Fisher, do International Assessment and Strategy Center.
Para o Exército Popular da Libertação - o maior do mundo - este porta-aviões é, antes de tudo, uma questão de prestígio dado que os países vizinhos como a Índia e a Tailândia já têm esse tipo de embarcação.
"Os chineses podem orgulhosamente exibir seu 'Varyag', assim como outros componentes de seus novos equipamentos, e se convencer de que fazem parte agora dos exércitos modernos", enfatiza Dennis Blasko, um especialista militar.
Também é evidente que a dimensão estratégica da China, cujos interesses se espalham pelo mundo, precisa intervir mais, especialmente em rotas de abastecimento marítimo de petróleo.
Especialistas independentes estão convencidos de que o Ministério chinês da Defesa já começou um programa de construção de um ou dois porta-aviões.
A China também espera que o "Varyag" têm um efeito psicológico regionalmente, já que há várias disputas territoriais com seus vizinhos, incluindo o Japão e Vietnã, com picos de tensões crônicas.
"A China quer, acima de tudo, intimidar seus rivais no Mar da China Meridional", afirma Fisher,
Além de ter um arma naval que estará operacional em algum momento, para a China é crucial resolver o problema do acesso ao Oceano Pacífico, fechado por potências rivais como a Coreia do Sul, Japão, Taiwan e as bases americanas.
Ao mesmo tempo, o primeiro porta-aviões parece contradizer a imagem que a China passsa de si mesma, a de um país que apenas se arma para se defender, sem buscar a hegemonia.
Depois de esconder durante anos a existência do "Varyag", o Exército chinês mantém discrição. É também uma questão de tática. "A China precisa de tempo para operar um grupo aeronaval e deliberadamente adota uma atitude de discrição", explica Arthur Ding, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade Chengchi (Taipé).
No início deste mês, Tóquio expressou preocupação sobre as ambições de crescimento da China.
A China também está realizando uma verdadeira modernização das forças terrestres, aéreas e marítimas, com outros projetos emblemáticos, como o caça J-20 bombardeiro stealth (invisível). Igualmente desenvolve um míssil balístico capaz de reproduzir milhares de navios de guerra milhas.
Pequim - O primeiro porta-aviões chinês zarpou nesta quarta-feira de um porto do nordeste do país para iniciar testes, uma ação que poderá provocar receio internacional quanto à rápida expansão militar do país.
O porta-aviões, de 300 metros de comprimento, foi construído inicialmente para a Marinha soviética, mas teve sua conclusão interrompida em 1991, devido ao fim da União Soviética.
Esta primeira saída ao mar, anunciada através de uma breve nota da agência de notícias Xinhua, foi feito em total sigilo.
No mês passado, a China anunciou que o porta-aviões seria empregado para "investigação científica, experiências e treinamento", aparentemente preocupada com a imagem bélica refletida.
"O 'Varyag' será primeiro submetido a inúmeros testes e servirá para exercícios de treinamento de sua esquadrilha aérea, mas o navio está praticamente pronto para missões de combate", explicou à AFP Rick Fisher, do International Assessment and Strategy Center.
Para o Exército Popular da Libertação - o maior do mundo - este porta-aviões é, antes de tudo, uma questão de prestígio dado que os países vizinhos como a Índia e a Tailândia já têm esse tipo de embarcação.
"Os chineses podem orgulhosamente exibir seu 'Varyag', assim como outros componentes de seus novos equipamentos, e se convencer de que fazem parte agora dos exércitos modernos", enfatiza Dennis Blasko, um especialista militar.
Também é evidente que a dimensão estratégica da China, cujos interesses se espalham pelo mundo, precisa intervir mais, especialmente em rotas de abastecimento marítimo de petróleo.
Especialistas independentes estão convencidos de que o Ministério chinês da Defesa já começou um programa de construção de um ou dois porta-aviões.
A China também espera que o "Varyag" têm um efeito psicológico regionalmente, já que há várias disputas territoriais com seus vizinhos, incluindo o Japão e Vietnã, com picos de tensões crônicas.
"A China quer, acima de tudo, intimidar seus rivais no Mar da China Meridional", afirma Fisher,
Além de ter um arma naval que estará operacional em algum momento, para a China é crucial resolver o problema do acesso ao Oceano Pacífico, fechado por potências rivais como a Coreia do Sul, Japão, Taiwan e as bases americanas.
Ao mesmo tempo, o primeiro porta-aviões parece contradizer a imagem que a China passsa de si mesma, a de um país que apenas se arma para se defender, sem buscar a hegemonia.
Depois de esconder durante anos a existência do "Varyag", o Exército chinês mantém discrição. É também uma questão de tática. "A China precisa de tempo para operar um grupo aeronaval e deliberadamente adota uma atitude de discrição", explica Arthur Ding, do Instituto de Relações Internacionais da Universidade Chengchi (Taipé).
No início deste mês, Tóquio expressou preocupação sobre as ambições de crescimento da China.
A China também está realizando uma verdadeira modernização das forças terrestres, aéreas e marítimas, com outros projetos emblemáticos, como o caça J-20 bombardeiro stealth (invisível). Igualmente desenvolve um míssil balístico capaz de reproduzir milhares de navios de guerra milhas.