Henan: o grupo Quannengshen se originou na província, que fica no centro da China (Wikimedia Commons/Vmenkov)
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2014 às 10h07.
Pequim - Autoridades chinesas prenderam “quase mil” membros de um grupo religioso proibido, noticiou a mídia estatal nesta terça-feira, a mais recente de uma séria de medidas contra um grupo que o governo da China taxou como um culto ilegal.
A China prendeu dezenas de seguidores do Quannengshen, ou Igreja do Deus Todo Poderoso, desde o assassinato de uma mulher em um restaurante em junho, em um episódio de repercussão nacional.
Entre os presos estavam 100 “organizadores de alto nível”, relatou a agência de notícias Xinhua, citando um comunicado do Ministério de Segurança Pública.
O julgamento do assassinato deve começar na quinta-feira, segundo a Xinhua.
O grupo Quannengshen, originado na província de Henan, centro do país, acredita que Jesus ressuscitou como Yang Xiangbin, esposa do fundador da seita, Zhao Weishan, segundo a Xinhua.
Zhao é também conhecido como Xu Wenshan, segundo a agência, que acrescentou que o casal fugiu para os EUA em setembro de 2000.
Em 2012, a China lançou uma operação de repressão contra o grupo após ele ter clamado por uma “batalha decisiva” para derrubar o “Dragão Vermelho” do Partido Comunista, e pregou que o mundo acabaria naquele ano.
O partido não aceita desafios ao seu mandato e é obcecado com estabilidade social.
Assim, tem reprimido cultos, os quais têm se multiplicado em todo o país nos últimos anos.