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China pede a Estados Unidos que impeça escala da presidente de Taiwan

A China, que considera que Taiwan faz parte de seu território, se nega a reconhecer sua soberania e proíbe que seus sócios mantenham relações diplomáticas

Os EUA reconhecem a República Popular da China desde 1979, mas mantem relações comerciais e uma aliança militar com a ilha, para a qual vende armas (Tyrone Siu/Reuters)

Os EUA reconhecem a República Popular da China desde 1979, mas mantem relações comerciais e uma aliança militar com a ilha, para a qual vende armas (Tyrone Siu/Reuters)

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AFP

Publicado em 31 de julho de 2018 às 10h27.

A China pediu nesta terça-feira ao governo americano que impeça a passagem pelos Estados Unidos da presidente taiwanesa Tsai Ing-wen, que em agosto deve fazer uma escala no país antes de seguir para Belize e Paraguai, uma viagem que enfurece Pequim.

Tsai deve passar por Los Angeles e Houston durante sua viagem, entre 12 e 20 de agosto, anunciou na segunda-feira seu governo.

"Exigimos que os Estados Unidos respeitem o princípio de 'uma só China' (...), que não autorize o trânsito da dirigente taiwanesa e pare de enviar sinais ruins às forças independentistas de Taiwan", afirmou Geng Shuang, porta-voz da diplomacia chinesa.

A China comunista considera que Taiwan faz parte de seu território, apesar da ilha ser governada de forma independente por um regime rival desde 1949. Mas Pequim se nega a reconhecer sua soberania e proíbe que seus sócios mantenham relações diplomáticas com Taipé.

O governo dos Estados Unidos mantém lanços ambíguos com Taiwan: reconhece a República Popular da China desde 1979, mas conserva as relações comerciais e uma aliança militar com a ilha, para a qual vende armas. Esta proximidade irrita as autoridades comunistas.

Apenas 18 países mantêm relações diplomáticas com Taipé ao invés de Pequim, entre eles Paraguai e Belize, que Tsai visitará em agosto, assim como o Vaticano.

República Dominicana e Burkina Faso romperam recentemente os laços diplomáticos com Taiwan para estabelecer relações com Pequim. O governo taiwanês atribuiu esta mudança a uma "diplomacia do dólar" orquestrada pela China.

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