Exame Logo

China luta contra incêndio e teme contaminação química

A organização ambientalista Greenpeace afirmou que produtos químicos perigosos estavam armazenados no local das explosões

Explosão na China dia 13 de agosto: agentes dispersavam os moradores que tentavam se aproximar da área das explosões e não permitiram fotos (Reuters/Damir Sagolj)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de agosto de 2015 às 08h22.

As autoridades chinesas prosseguiam nesta sexta-feira com o combate ao incêndio no porto de Tianjin, provocado na quarta-feira por violentas explosões, que deixaram 50 mortos e 500 feridos e podem ter liberado produtos químicos perigosos para a população.

Funcionários do governo municipal desta cidade portuária do leste da China afirmaram em uma entrevista coletiva que não sabem qual o tipo de material explosivo estava armazenado do depósito de mercadorias perigosas no momento do acidente.

Também não conseguiram determinar as causas das explosões.

A organização ambientalista Greenpeace afirmou que produtos químicos perigosos estavam armazenados no local das explosões e advertiu que a chuva poderia disseminar substâncias perigosas no sistema de distribuição de água.

O jornal Beijing News informou que, segundo os fabricantes, o local armazenava pelo menos 700 toneladas de cianeto de sódio.

Elementos desta substância altamente tóxica foram detectados nas águas residuais da região, segundo o jornal, em um artigo publicado na edição digital na quinta-feira, mas que não estava mais disponível nesta sexta-feira.

Uma equipe formada por 217 pessoas - especialistas militares, especialistas em armas nucleares, bacteriológicas e químicas - começou a trabalhar no local na quinta-feira, segundo a agência estatal Xinhua.

Os agentes dispersavam os moradores que tentavam se aproximar da área das explosões e não permitiram fotos.

"Não há nada para ver aqui", afirmaram.

"O governo não diz nada"

Nesta sexta-feira, os bombeiros comemoraram o resgate de um de seus funcionários, de 19 anos, que estava preso nos escombros.

Quase 1.000 bombeiros trabalham para tentar sufocar as colunas de fumaça sobre a cidade, o que aumenta o temor de que mais produtos químicos possam ser liberados.

As autoridades não informaram se o bombeiro resgatado integrava o primeiro grupo que chegou ao local para combater as chamas ou se era de um contingente posterior.

Os primeiros bombeiros que chegaram ao local estavam "revistando a área" quando acontece outra explosão, disse Zhou Tian, diretor do principal quartel de Tianjin.

"Os bombeiros no centro das explosões estavam pouco preparados", completou.

Em um edifício comercial próximo, Liu Zongguang, um segurança de 50 anos, usa uma máscara cirúrgica.

"Estou usando esta máscara porque vi alguns policiais usando, mas também vi alguns sem máscaras. Não sei o que fazer", disse Liu.

"Tenho medo, mas não sei nem do que ter medo exatamente. O governo não diz nada sobre o que temos que fazer para proteger nossas famílias", completou.

O Diário do Povo, órgão oficial do Partido Comunista, informou que a construção deste tipo de depósito nesta zona industrial "violava claramente" as normas de segurança.

De acordo com as normas chinesas, os depósitos de materiais perigosos devem ficara a alguns quilômetros de áreas residenciais e grandes avenidas.

Neste caso, duas zonas residenciais e várias avenidas estavam a menos de um quilômetro, assim como dois hospitais e um campo de futebol, segundo o jornal estatal.

"Em condições normais, o depósito em questão não deveria ter passado por todos os controles ambientais", completa Diário do Povo.

Veja também

As autoridades chinesas prosseguiam nesta sexta-feira com o combate ao incêndio no porto de Tianjin, provocado na quarta-feira por violentas explosões, que deixaram 50 mortos e 500 feridos e podem ter liberado produtos químicos perigosos para a população.

Funcionários do governo municipal desta cidade portuária do leste da China afirmaram em uma entrevista coletiva que não sabem qual o tipo de material explosivo estava armazenado do depósito de mercadorias perigosas no momento do acidente.

Também não conseguiram determinar as causas das explosões.

A organização ambientalista Greenpeace afirmou que produtos químicos perigosos estavam armazenados no local das explosões e advertiu que a chuva poderia disseminar substâncias perigosas no sistema de distribuição de água.

O jornal Beijing News informou que, segundo os fabricantes, o local armazenava pelo menos 700 toneladas de cianeto de sódio.

Elementos desta substância altamente tóxica foram detectados nas águas residuais da região, segundo o jornal, em um artigo publicado na edição digital na quinta-feira, mas que não estava mais disponível nesta sexta-feira.

Uma equipe formada por 217 pessoas - especialistas militares, especialistas em armas nucleares, bacteriológicas e químicas - começou a trabalhar no local na quinta-feira, segundo a agência estatal Xinhua.

Os agentes dispersavam os moradores que tentavam se aproximar da área das explosões e não permitiram fotos.

"Não há nada para ver aqui", afirmaram.

"O governo não diz nada"

Nesta sexta-feira, os bombeiros comemoraram o resgate de um de seus funcionários, de 19 anos, que estava preso nos escombros.

Quase 1.000 bombeiros trabalham para tentar sufocar as colunas de fumaça sobre a cidade, o que aumenta o temor de que mais produtos químicos possam ser liberados.

As autoridades não informaram se o bombeiro resgatado integrava o primeiro grupo que chegou ao local para combater as chamas ou se era de um contingente posterior.

Os primeiros bombeiros que chegaram ao local estavam "revistando a área" quando acontece outra explosão, disse Zhou Tian, diretor do principal quartel de Tianjin.

"Os bombeiros no centro das explosões estavam pouco preparados", completou.

Em um edifício comercial próximo, Liu Zongguang, um segurança de 50 anos, usa uma máscara cirúrgica.

"Estou usando esta máscara porque vi alguns policiais usando, mas também vi alguns sem máscaras. Não sei o que fazer", disse Liu.

"Tenho medo, mas não sei nem do que ter medo exatamente. O governo não diz nada sobre o que temos que fazer para proteger nossas famílias", completou.

O Diário do Povo, órgão oficial do Partido Comunista, informou que a construção deste tipo de depósito nesta zona industrial "violava claramente" as normas de segurança.

De acordo com as normas chinesas, os depósitos de materiais perigosos devem ficara a alguns quilômetros de áreas residenciais e grandes avenidas.

Neste caso, duas zonas residenciais e várias avenidas estavam a menos de um quilômetro, assim como dois hospitais e um campo de futebol, segundo o jornal estatal.

"Em condições normais, o depósito em questão não deveria ter passado por todos os controles ambientais", completa Diário do Povo.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaExplosõesIncêndios

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame